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sábado, janeiro 02, 2021

O mais pequeno ribeiro

 Gostava que de tantas palavras

Só uma fosse requerida

Para tocar tuas próprias lavras

Desse dia a dia de rotina

E sendo enviadas

Assim desde o coração

Despojadas de razão

Para se anunciar

Porque sim

Por ser a partilhar

É ir-se humanizando

E o entregar o sentir

Nesse lugar a seguir

É qual deixar-se ir

Nesse momento por enquanto

Outro tempo vai fluíndo sem sobressalto

E se te toca

O que se conta e diz

Nesse algo de poema em prosa

E pena que se transforma

Em varinha de condão

Para desenhar no ar

Palavras que só tu vais encontrar

E deixar sentimento

No sentido que levas dentro

E plantar sêmea de vida

Onde só tu a vais sentir renascida

E entregar tempo e lugar

Para que possas entrar 

e ler

e amar

Em fraterna união

Porque não

Em sonho e divagação

Em fantasia plena de vida

Em coragem

de se ler nova linha

Em nova perspetiva

Em sair desse algo

Que nos definha

E entrar nesse mundo que nos fascina

Em partilhar um pouco de paz

Nesse remanso fugaz

No que corre lento o ribeiro

Mais pequeno e sobranceiro

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