Gostava que de tantas palavras
Só uma fosse requerida
Para tocar tuas próprias lavras
Desse dia a dia de rotina
E sendo enviadas
Assim desde o coração
Despojadas de razão
Para se anunciar
Porque sim
Por ser a partilhar
É ir-se humanizando
E o entregar o sentir
Nesse lugar a seguir
É qual deixar-se ir
Nesse momento por enquanto
Outro tempo vai fluíndo sem sobressalto
E se te toca
O que se conta e diz
Nesse algo de poema em prosa
E pena que se transforma
Em varinha de condão
Para desenhar no ar
Palavras que só tu vais encontrar
E deixar sentimento
No sentido que levas dentro
E plantar sêmea de vida
Onde só tu a vais sentir renascida
E entregar tempo e lugar
Para que possas entrar
e ler
e amar
Em fraterna união
Porque não
Em sonho e divagação
Em fantasia plena de vida
Em coragem
de se ler nova linha
Em nova perspetiva
Em sair desse algo
Que nos definha
E entrar nesse mundo que nos fascina
Em partilhar um pouco de paz
Nesse remanso fugaz
No que corre lento o ribeiro
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