Na simplicidade desta cidade
Na que as rotinas se aglutinam
E as gentes se avizinham
Sem se notar
Essa magia que paira no ar
Essa maravilha de se estar
Tão perto quanto sonhado
Tão longe e afastado
Sem ser olhado
Sem se deixar olhar
O ser por entre nós a passar
Dando voltas sem sentido
Nesse algo mais vivo
Que está sempre a chamar
Nessa avenida garrida
Nesse jardim de encantar
Nessa praça escondida
Onde só passa quem quer ficar
Nesse encanto entre tanto
Ser a se saber corresponder
No seu mesmo tempo
Sem se notar
Nesse lugar de novo alento
Que se ergue por fora e dentro
Quando lhe damos asas para voar
Nesse sentido sentimento
Que não esmorece no tempo
E se faz forte para nos animar
E se faz grande para nos abraçar
E aparece em qualquer momento
Algo de luz e fermento
Para nos fazer levedar
E os recantos mais sombrios
Iluminar em luz de brio
Que nos faça rejubilar
E nesse tempo tão profundo
Anima e dá cor e vida
Até ao confim deste mundo
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