Quando te amparas
Nessa crença sem amarras
Varada em porto seguro
Trespassando a distância
E o muro
Que te segura por dentro
Desse espaço cinzento
E te lanças
Saltas barreiras
Compões odes inteiras
E te deixas levar
A esse lugar de silêncio
Onde tudo o que flui é intenso
E suavidade a se encontrar
E nesses relatos viventes
Assim entre o clamor das gentes
Passas e te deixas ficar
Ouves os remansos
de águas passadas
Vês no horizonte
a luz já varada
E nesse ocaso,
em ti sendo por acaso
Entrevisto e sonhado
Veres nascer de novo
A esperança da alvorada
E o sonho que te é dado
a saber levar
Peito aberto
Através desse caminho
Que parece deserto
Destino tão incerto
Por dentro a desvendar
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