Quando tanto amas
Que proclamas
Na tua mais viva voz
Essa que nasce e cresce
Vaga que não se desvanece
Que nos abala e embala e afaga
Que é calor de vida entre nós…
Assim nos abraça e nos leva a couraça
Para a peito aberto chegar a declamar
Essa melodia esquecida
Essa palavra de vida
Nessa tela rasgada
realidade mais amada
E se ver a imagem real
Que era assim levada
No pensamento imaginada
Essa sensação que comove
Esse frenesim que nos move
A ir mais longe
Mais profundo
Mais alto que este mundo
E trazer desse lugar infinito
O mais estranho grito
De vida a berrar sendo nascida
Nessa humanidade investida
Nessa graça que se passa
Quando a cegueira
É bem vista
E nesse primeiro olhar
Entre o cego e o ser a amar
De repente ao se encontrar
Assim o ser recém-chegado
Com o que acolhe o ser amado
E nessa ponte no tempo
Que dá à vida o presente
Fulgente e sentido
Sentimento de ser nascido
Assim no peito varado e vivido
À espera de se lançar
Nessas águas do amplo mar
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