Vem em nós obrar
Para fazer espaço
para voltar a plantar
Vem em nós saber
Até onde voga à vontade
A vontade do ser
Vem em nós poisar
Nesses lamentos
Íntimos e sedentos
Para se cuidar e curar
Vem assim mostrar
Feridas antigas
Novas veredas
preferidas
Para se querer assim alcançar
Entre os momentos do estio
Na lama, na névoa
Na neve, no frio
Nesse calor estridente
Que poisa assim qual pingente
E se deixa cair
Nesses lugares ermos
Prolongados
Onde a planície
ou o monte se estende
Assim por todos os lados
Nesses momentos velados
Onde nem nos encontramos
Quando chegamos
e nos achegamos
ao recém chegados
Nesses tempos
nos que levamos
Armaduras de gelo
que assim deixamos
Ao voltar a caminhar
E nesse segredo
Ledo íntimo e ameno
Regressar
Lentamente
Trazer a semente
Que se vai plantar
E no campo assim arado
Desse sonho futuro
No passo presente
plantado
À espera desse tempo
anunciado
Vivido e bem prezado
Para dar frutos e se levar
E partilhar por ser bem-amado…
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