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À medida que a ciência da mente pautava regras mentais, a capacidade de ir além das aparências e de abrir portas à esperança ia-se confinando cada vez mais a um orifício minúsculo na parede prateada dos sonhos.
Então, Annael mensageiro, ergueu-se contra as linhas que pautavam o visível e abriu as portas ao mundo que podia ser e que ainda não existia.
Neste mundo, veio a sombra e a luz sem par.
Veio o medo e a esperança.
O sonho de Annael era que as pontes que uniam mundos se fizessem mais fortes do que as paredes que os separam.
A sua voz ecoa desde as profundezas, e continua a entoar a sua melodia mansa e clara, por entre o turbilhão de vozes enraivecidas que compõem o inframundo.
Talvez algum dia se ouça o seu canto e se abrace a sua queda…
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