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quarta-feira, outubro 21, 2009

Da Répública de Platão à História Interminável


A ideia tem uma nível de perfeição incomparável…



O artista, quando idealiza, antevê uma obra. Com o seu esforço, dedicação, fé no resultado e o efeito do tempo, consegue transformar a matéria em algo novo, vivo… uniu o mundo ideal ao mundo factual. Criou uma ponte…




Como uma simples mesa, que o carpinteiro amou desde a ideia, passando pelo delinear do projecto, a selecção das madeiras, a aplicação da ferramenta… o artista ama a obra sem preterir a ideia - fácil de amar; à madeira - aparentemente tosca e requerendo entrega.




Miguel Ângelo dizia, que num bloco de pedra, ele devia intuir qual a obra latente, em espera da sua arte para ser descortinada.




A harmonia é, no fundo, o encontro balanceado entre o mundo de vibração subtil - o "céu" - e o mundo de vibração pesada - a "terra". Ambos se encontram pela obra do artista.




Alguém radicalizou o conceito, tomou Platão de forma tendenciosa – quase que Maniqueísta – e acusou a Madeira de ser o mal - de ser imperfeita. Atribuiu à ideia e ao projecto o título de "bem" ou perfeição. Confie-se na arte do artista para transformar – pelo seu trabalho meritório – a matéria prima em obra de arte.



Talvez as maiores verdades do mundo estejam estampadas nos livros para crianças, enquanto todos os outros contenham bastantes imprecisões…


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