Nesse sonho em perspetiva
Que se sente e se anima
Quando o tempo nos aviva
Essa chama tão divina
Quanto humana
Que em nós mora
e nos dá vida
E no silêncio
Mais se apaga
Até se deixar
Voltar
A renascer
Nesse tempo
Nesse lugar
Onde entregues o teu ser
E nesse mergulho no vazio
Nesse fogo entre o mais frio
Aparece
Qual se movesse
Um mundo renovado
Cantos e melodias
Palavras mais vivas
E rimas
que se tenham guardado
E nessa pintura escrita
A tela em branco suscita
A se deixar preencher
Por esse algo que se agita
Enquanto a mente medita
E o coração sempre afagar
Esse algo que nos chama
E se faz em querer
E crer que se consegue
Sem ser de ânimo leve
Trazer à superfície
Desse cristal sem igual
Olhar iluminado
Espelho de lagrimas bordejado
Para se ver esse mundo varado
Voltar a acontecer
Pela voz do sentimento
Pelo olhar que levamos dentro
Por esse algo – suave e lento
Lampejo na noite ardendo
Que nos chega a despertar
Quando a rotina do dia
Quando a noite pristina
Passavam a nosso lado
Sem nos termos precatado
Do quanto havia para se apreciar
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