Sendo profeta em terra alheia
Assim ser migrante qual lua cheia
Que entrega o reflexo mais prateado
Suavidade que se tem prezado
E desaparece sem se ter deixado
E volta ao silêncio bem-amado
Assim a se deixar levar
Para que o céu estrelado
sempre estando a seu lado
possa vida nova iluminar
E sendo investida
Dessa sua sina
De vogar,
de dançar com o mar
nessa sua luz leitosa
Se transforma em flor fermosa
Nesse recanto mais orvalhado
No alento da noite bafejado
manto de mares e maresias
reflexo desses outros dias
Estrelas que se acendiam
E entre as vagas sorriam
E dançando com os ramos
Desses arvoredos de segredo
Assim iluminava o seu canto
Sem por ventura estar a medo
O ser que a veja a fluir
Sem deixar definidas
Todas as cores esperando
Nessa luz e manto branco
Assim estando contidas
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