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segunda-feira, janeiro 18, 2021

Canto ao luar

 Sendo profeta em terra alheia

Assim ser migrante qual lua cheia

Que entrega o reflexo mais prateado

Suavidade que se tem prezado

 

E desaparece sem se ter deixado

E volta ao silêncio bem-amado

 

Assim a se deixar levar

Para que o céu estrelado

sempre estando a seu lado

possa vida nova iluminar

 

E sendo investida

Dessa sua sina

De vogar,

de dançar com o mar

nessa sua luz leitosa

 

Se transforma em flor fermosa

Nesse recanto mais orvalhado

No alento da noite bafejado

manto de mares e maresias

reflexo desses outros dias

 

Estrelas que se acendiam

E entre as vagas sorriam

 

E dançando com os ramos

Desses arvoredos de segredo

Assim iluminava o seu canto

Sem por ventura estar a medo

 

O ser que a veja a fluir

Sem deixar definidas

Todas as cores esperando

Nessa luz e manto branco

Assim estando contidas

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