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domingo, janeiro 17, 2021

Ode ao jardineiro pintor

 

Nesses lugares

onde encontramos

 

O que e quem

 Procuramos

 

Nesses momentos

esquecidos

Nos que parecemos

mais unidos

 

Nesses tempos

nos que o calor

 

É bem humano

 

Nesse algo

que se anima

Que se esquece

Quando se ilumina

Parece que se desvanece

que se traz na simples sina

 

De se crer

Sem saber

 

Quando

mergulhar

O ser

 

Qual espada forjada

Nessa mesma água

 

Assim qual no fogo

escondido

Ali onde é nascido

 

E nesse vapor

tão íntimo

vertido

Entre verão e estio

 

Primavera florida

Em ocasos de outono

Esquecida

 

Até se deixar pintar

E levar

Qual folha ao vento

 

Dançando

no seu elemento

 

Corada

Assim deixada

 

Para voltar

A vogar

Entre margens

Recém-pintadas

 

Nesse rio

Esquecido

 

Que sempre leva

ao amplo mar

 

E nesse momento

Tão vivo

 

Que nos liga à nascente

Desse tão simples presente

Esse que agora

Sem mais demora

Poderemos chegar a prezar

 

E depois…

Ou ainda antes

Quais seres infantes

 

Ora sentir

Ora já ver seguir

 

O que dentro se levava

 

Quais diamantes

Transparecidos

Duros

Momentos vividos

 

Pela mesma luz

a nos saber

iluminar

 

Essa luz no olhar

E qual a gota

mais discreta

Nessa linha secreta

Que se fez assim desenhar

 

E nessa ode de investida

Nessa odisseia de vida

Se atreve ainda a pintar

 

A abobada celeste inteira

Das cores dessa vida

Verdadeira

 

Assim qual tu poderás

Assim chegar a imaginar

 

Ou ainda agora

Nesta mesma hora

Rir

Ou chorar

Dessa alegria tamanha

De voltar a encontrar…

 

 

O que se procurava

No íntimo apelo

Esse que sempre

se leva em segredo

E se deixa assim

Ao se plantar…

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