Descobrir
Devagar
Essa essência
em nós
A voltar
Essa impaciência
A se
agitar
Esse mar
de emoções
A se
elevar
E levar
aonde se puder encontrar
Esse eco
que se esconde
Essa luz
na tua fronte
A escorrer
A cintilar
Esse suor
de se entregar
O que
vai no ser
Devagar
Essa luzidia
forma
De ser
e estar
No silencio
a vogar
Entre marés
indiscretas
Entre ondas
secretas
Entre os
ventos
de
eventos de encantar
E cantar
essa melodia
Que ilumina
e da
cor ao dia
pintar letras
de fantasia
Nessa tela
antes vazia
Dessa cor
tão garrida
Que só
tu
podes
chegar
a ver
nascer
Do teu
ser, desse crer
Assim ao
se mergulhar
Nesse oceano
tão amplo
Nesse segredar
num recanto
Versos ao
luar
Nesse assim
querer tanto
O voltar
a se dar
Esse algo
que se quer num canto
Num poema
entre o entre-tanto
Nesse relance
que viste
Sem te
precatar
Esse sentimento
Que ouviste
Nessa harmonia
no ar
Nesse tempo
Nesse lugar
Nesse sentido
intenso
Nesse algo
mais lento
Depois
Ao se
saborear
Na página
em branco
Sibilando
Areias do
tempo
Se entregando
Nessa praia
vazia
Nesse teu
dia
A melodia
que se foi escutando
E nessas
palavras sussurradas
Assim em
ti sendo plantadas
Para germinar
Em qualquer
momento
Em qualquer
lugar
No que te
dispões
à tua
vida entregar
Para que
toda essa
formosura
Essa candura
Essa leveza
Essa intima
certeza
Venham ao
de cima
Nessa estranha
rima
E voltem
a te encontrar
E nessa
abraço de silêncio
Que se
faz tão intenso
Voltar a
murmurar
Ou assim
dizer devagar
Ao deixar-se
levar
Nessa maré
sem fim
Esse algo
dentro de mim
Em ti a
se espelhar
Bafejado
Por esse
alento
Intimo sustento
Que me
tenhas dado
Ao to
segredar…
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