nessa voz que não cessa de chamar
vento que não deixa de nos animar
a encher as velas no peito contidas
a orientar o leme da mente na vida
ao se dar as mãos quais remos
a se acariciar o que bem queremos
entre as águas assim mais claras
e partir e vogar entre o ocaso e a madrugada
nessas terras sombrias
amigas de quem ainda souber velejar
nessa chama acesa
no mastro maior a cintilar
estrela desse querer
crer assim no abraçar
o aveludado da noite
esse ébano burilado
em cascadas de luzes
nos céus mais distantes
pintado
nesse retrato
que se vai desfazendo
aquarela cujo pincel
sempre levamos por dentro
nessa melodia que se ouve
entre a maresia desse mar
e o que mais houvesse
ai, assim a se encontrar
ilhas de praias desertas
que as ondas acariciam
sem cessar
e ali aonde o amor ainda se esconde,
levar a luz dessa alegria para iluminar
nesse sopro levado
nesse fogo sagrado
ainda saber encontrar
essas fagulhas acesas
dessa vida que prezas
antes de se deixar apagar
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