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domingo, janeiro 17, 2021

Nessas ilhas varadas em teu peito levadas

 


nessa voz que não cessa de chamar

vento que não deixa de nos animar

a encher as velas no peito contidas

a orientar o leme da mente na vida

ao se dar as mãos quais remos

a se acariciar o que bem queremos

entre as águas assim mais claras

e partir e vogar entre o ocaso e a madrugada

nessas terras sombrias

amigas de quem ainda souber velejar

nessa chama acesa

no mastro maior a cintilar

 

estrela desse querer

crer assim no abraçar

o aveludado da noite

esse ébano burilado

em cascadas de luzes

 

nos céus mais distantes

pintado

 

nesse retrato

que se vai desfazendo

aquarela cujo pincel

sempre levamos por dentro

 

nessa melodia que se ouve

entre a maresia desse mar

e o que mais houvesse

ai, assim a se encontrar

 

ilhas de praias desertas

que as ondas acariciam

sem cessar

 

e ali aonde o amor ainda se esconde,

levar a luz dessa alegria para iluminar

 

 

nesse sopro levado

nesse fogo sagrado

ainda saber encontrar

 

essas fagulhas acesas

dessa vida que prezas

antes de se deixar apagar

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