Se não
fosse esta estranha mania
De escrever
em poesia
Se estendesse
os braços ao verso
E o
fizesse mais extenso
Se incorporasse
Tudo o
que sei e penso
Ao sentir
intenso
Que por
dentro clama
A ser
levado
Partilhado
Entregue
de coração aberto
Qual rio
em pleno deserto
Deixando
algo humedecido
Talvez o
que sou
Talvez o
que digo
Talvez o
que sinto por dentro
ao ser
renascido
Nesse estranho
caminho
De se
deixar levar
Pela harmonia
dessa
simples melodia
Que se
entretece sem cessar
E se
imaginar chegasse
Não seria
assim ficar
Com a
palavra desmedida
Com essa
estranha amiga
Que nos
impele
e quase
obriga
A dar,
a dar, a dar
De si
até se esvaziar
E depois
voltar-se a inspirar
Inspirar
suavemente
Voltar a
caminhar
Entre o
riso e a tristeza
de se ser
gente
E recolher
o momento
Na palma
da mão
E deixar
esse incêndio por dentro
Tomar conta
do coração…
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