Nesse parto que nasce por dentro
Nesse findar de fôlego, calmo e lento
Nesse alento que se vem sustendo
Até finalizar o que se está escrevendo
Essa melodia, filigrana fina
Que advém do coração
Desse lugar onde esmorecia
A cor da alegria, a luz do dia
E se planta a emoção
quais vagas em maré aberta
Quais as páginas em branco
nas que se não acerta…
Apenas desenhos de encantar
Poemas a se imaginar
Tela em branco - luzidia
Estando prenhe de magia
Quanto mais se encontrar vazia
Mais se vai deixar prendar
Esperando
Esse momento de encontro
No que nos vamos projetando
Para a bem chegar a levar
esse algo que em nós habita
Que nas águas da vida agita
Essas vistas cristalinas
Essas sonoras odes idas
Em melodias sem se findar
Essas tristezas e alegrias
Que em nossa súmula
se deixaram agarrar
E levar
Para dentro
desse teu cadilho sedento
Sempre a se transformar
A juntar o espaço
E o tempo
Num ápice de sentimento
No pensamento qual voar
E nesse intento
Essa mão a divagar
Nessa linha desenhada
Que se entrelaça
Entre o tudo e o nada
E traz a fagulha de vida
De volta aonde é nascida
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