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quinta-feira, dezembro 17, 2020

sob ri edades

 

Quando me lês

De relance

 

Quando passa inerte cada instante

 

Quando o tempo a nos entregar

Definha sem cessar

 

E ainda crendo

Que é suave e lento

Sereno fundamento

A se acrescentar

E dar sem esperar

 

Retorno

Apenas uma escada

Dessa tua lavra

Dessa tua atenção prendada

 

Desse dar algo

plantar no nada

Até ver germinar

 

flor silvestre no olhar

 

A espera e a esperança, amena…

Desse algo que se bem sabe e leva

Por ai aonde nos é dado a andar

 

E nessa sensibilidade cristalina

Que deixa passar a luz do dia

Nesse estar despido,

nesse algo frio

Encontrar calor

e amenidade…

 

Sem mais tempo

Sobriedade…

 

Desse algo aveludado

Que cresce em mim

em ti e em todo o lado

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