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sexta-feira, dezembro 25, 2020

Cidade cintilando

Poesia da cidade que se esvazia e preenche

Qual coração vivente que se deixa

Assim esvaziar

Para lançar aos seus lugares

Assim quais nos lares

Esses que se encontram

Noite e dia

Sem mais

Qual lembrar que bem estamos

Quando juntos celebramos

Essa familiaridade

Sem tempo ou idade

Do reconhecimento que se leva por dentro

Que brilha no olhar

Que canta no sorrir

Que se sente na amenidade

De se suster

Mão em mão

Pontes de ligação

que se entretecem

sem se desligar

e nos voltam a juntar

a esse ritmo

latejante

assim sereno

misterioso

e que nos abre

de par em par

para a emoção desse novo encontrar

um outro coração assim em seu lugar

a se fazer notar

Nesses lugares prendados

Nesses tempos sagrados

Nesses momentos nos que nos damos

E lembramos

Quanto ainda somos humanos

 

Nesse deixar de correr

E encontrar que fazer

Pelo simples facto de ser

Assim

Sem mais

E ser em abraços levados

Assim mão em mão elevados

Para sentir outra vez

Universos sem fim a passar

Pelo âmago desse renascer

Pela luz desse novo olhar

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