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segunda-feira, dezembro 14, 2020

Poemas para o infinito

 


gesto recatado desse assumir sem se ter deixado

assim de se abeirar, senhora triste dos dias e horas

 

assim quando em casa prendavas o que assim choras

e deixavas essas lágrimas tocar o chão sem as lavar

 

nesses momentos nos que sorrias,

pelas surpresas de todos os dias

e nem deixavas de te inspirar

 

idealista em horas vagas,

senhora dessas ondas, serenas

que das rias desse mar sonhado

te trouxeram para o outro lado

 

aonde doces e bem pequenas

as do rio que também passavas

para estar nas esplanadas…

a ver e ouvir tua mesma voz

 

esse sentir que se deixava

entre tanto ouvir que passava

sem sequer te chegar a notar

 

em silencio na escada,

olhavas quem se abeirava

para depois de mansinho,

recolher devagarinho…

 

ao aconchego desse teu lar

aonde acabaste por voltar...

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