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sábado, novembro 14, 2020

por entre o dia aparece a noite velada





Quando procuro, o teu olhar;

Quando caminho, por entre ruas e prédios...

Sombras erguidas sobre este meu ser... 

Ainda chão por pavimentar;


Quando não estás entre tanta gente!

E sinto que perco o meu lado coerente...


Quando te procuro e sei que te vou encontrar

essa força indiferente que não tem forma de parar...


E sempre, sempre encontro essa pendente

que há que subir sem cessar...

olhar o cume e imaginar

essa tua estrela a cintilar


para mim é noite, 

ou lusco-fusco do ideal!

quem sabe se será premente...

apenas esta vontade de te amar


e na noite a alvorada demora

a hora é senhora

e o amor não tem forma de entrar


e eu não paro de te chamar

perdido entre tanta cinza 

do que foram os sonhos 

que deixei de alimentar...

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