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sábado, novembro 14, 2020

metros de gente




neste entramado coerente

neste fluxo entre gente

nestas portas sem janelas

abertas para vê-las...


neste local sem fim

nem final...

aonde as gentes

nem andam bem

nem passam mal


entre os sorrisos mais prezados

e saldos nesses outros lados...


nestas estátuas, vazias de vida...

gentes que procuram o nascer do dia


ecos de vida passageira...

por avenidas de outra maneira


sentado, lado a lado

sem nos olhar...

vemos horizontes pesados

que passam devagar


e lá ao longe

uma voz prenuncia

a paragem exata

desde onde

renasça o dia


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