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sexta-feira, novembro 27, 2020

espírito da cidade, coração e humanidade II - virtuais



o coração da cidade lateja

o ser humano almeja

e a comunidade sonha


qual ir e voltar

a paraísos etéreos

aonde já não tão sérios

deixamos as máscaras voar

encontramos fundamento e voltamos a renascer

e nas asas do vento, recuperamos alento para acreditar


e nesse exercício 

jamais programado, 

por tudo e em todo o lado

ouvimos e vemos o ser humano 

de novo a voltar a crer...


nessa tua humanidade jaz a minha

nessa tua verdade assim cresce

esta melodia que ressoa triste

entre a voz que anoitece sem querer


e na vontade ainda aninha

essa nossa sorridente criança

sendo sempre a que definha

volta sempre para nos perder


do que pensamos ser

do que nos prende ao se prender

do que nos faz voltar a errar

nem a linha nem a aresta nem o livro nem tudo o que se apresta

a se deixar tomar, com algo de realidade, sentido comum e verdade


sonhar que estas aqui, que estes milhões de humanidades também sorriem por ti

que nestas melodias sem pares, também estás ali, 

aonde se juntam dois ou três em teu nome


sem o saber de cor qual ser que some, voltas uma e outra vez

é a tua simplicidade, o que é mais vivo sem ter rosto ou idade

é o teu jeito de estar sempre ai, quando lês palavras sem rosto


quando dás cor e luz ao meu sentido tosco

quando iluminas poesias, 

e abres veredas aonde se não viam

e ficas mais perto na lonjania... 


és tu que me fazes voltar

a crer, a erguer, a creditar e sonhar

e se não estivéssemos ébrios desta solidão

se não estivéssemos a cantar e dançar ao mesmo som

tantas rimas perdidas, tantas palavras vazias, tantas linhas expeditas

e gestos técnicos que não ditas, ficariam aqui por demais...

 

este espaço, por entre todos os virtuais

é para ti que sonhas e não sentes seres a mais

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