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sábado, novembro 24, 2012

Um caminho feito de Flores


O que uma rosa... um sorriso e uma criança têm em comum?...

Os espinhos de cigarros que se pretendem rasgar em gargantas rasgadas por gritos contidos e palavras travadas?...

De certo que não...

Uma palavra rude numa boca amarga ou um sentir profundo num mar de ondas de prata - que se eleva e embala - aquele que por suas ondas passa?...

Talvez...

talvez...



 Anjos... "mensageiros"... entre o ruído da vida diária despertando-nos com o som de harmonia num ecoar surdo de rotina diáfana... vida do dia a dia - preenchida mais do que vazia: em sentir e sentido profundo - como esse mar, esse mundo - cheio de cores garridas - como as cores do azul desses olhos e do vermelho da sua face acendida na emoção não contida e no sonrosar meigo que nela desperta...

Mais perto - desses poemas de vida cantados por um amor que se não confina - nos espaços que pela vida que nos contam nos deixamos e encaixamos... pelo tempo no que nos conformamos: que tem a rosa o sorriso e a criança em comum - esse algo pelo que tanto ansiamos - que efectivamente vemos quando as olhamos - ainda que sem ver o vejamos?

Já lá vamos... antes passar pelos espinhos e pelos momentos menos claros - que são os que inspiram certos momentos de dor - como tantos que se viveram em Timor... são esses lamentos de noites em claro... de suspiros em almofadas húmidas por anseios abafados e lágrimas escorrendo - sujas - pelo pó da estrada destes pés descalços que lento - todos nós - caminhamos...


Como vês - ser humano e singular - não és tão diferente - nem da rosa - com seus espinhos temíveis, nem do sorriso - face solar de uma lágrima prateada - como prata tem o luar - nem de uma criança - entre o pó do caminho de um mundo além mar... todos - todos - estamos aqui a caminhar....

Nesse caminho: neste nosso destino - que nos leva - para subir e entrar - nessa torre escondida nesse céu particular: em peito ardente acendida, com luz de Sol a irradiar... ou a desesperar.. em noites na que a esperança é perdida e tudo parece cinzento ou sem rumo para onde orientar o olhar...


Assim - que mais se vê nesse teu céu - estrelado - de esperança semeado - com sorrisos "estrela" nele pendurados - todos eles a cintilar?

Vê-se a ansia de se entregar... a vontade de se encontrar - noutros braços - o mesmo abraçar: pois esse gesto - o abraço - é o mais simples e fácil de amar.... não há poder... não há quem dê não há a quem entregar - são dois que são um- num gesto que - sós - nunca poderiam executar...

Parecido a caminhar... o tal caminho das estrelas... a estrada de "santiago"... a via láctea que brilha nesse tal olhar iluminado... é caminho de vida - e vida que é viva!... vida Boa! feita de duas mãos entrelaçadas que se reconhecem e se apoiam em cada curva dessa estrada desconhecida - pintada e recriada - em cada passo dado em harmonia neste espaço desenhado pelo Eterno artista de face escondida...

Dai um Sol... que brilha em cada sorriso que plantas... como a rosa que anima, como a alegria da criança... como a tua presença neste nosso mundo neste nosso tempo... nesta nossa jornada na luz escrita e na semelhança protegida;

Dai uma Lua - dessas imagens perdidas - dores distantes de estar "rasgada" e "fria" - como dizem certos poemas seus em certas partes distantes... não que a Lua seja vazia, por estar ferida - sua prata menos brilhante do que a mesma luz que a alumia... só sofre quem muito sente e a luz se reflete apenas na límpida transparência de uma mirada digna...

Assim, é isto apenas - é apenas o que é simples: o Inverno é a promessa da Primavera Perene tal como o Outono mostra a folha de um Verão que se levanta ao nascer da Aurora...

Agora - amiga Peregrina - neste espaço desconhecido, neste mundo vazio - como o reflexo que se mostra a outro espelho:

pintar os dias com alegria - fazer dos sonhos magia - e subir a montanha do teu ser em busca do caminho desse teu viver; percurso que passa por confrontar a tristeza, a melancolia e a dor... a raiva contida de não controlar os passos deste vida que ensina: a aprender... a crescer... a caminhar com devoção...

Assim - sorrir para a rosa... para as rosas que passam e para os seus espinhos - mesmo os que nos sangram - de mão dada!

Assim - abraçar a criança - como se abraça a pessoa amada - e sentir o latir da vida a ressurgir em cada lágrima com sentimento e vida contida - em verdade derramada...

Cantas tu noites perdidas... falas de paragens escondidas e horas veladas... até - num último poema.. vermelho entre o azul sereno e o verde esperança - falas do sonho de um desconhecido... de um outro espelho que te mostre o caminho - que é o TEU num outro rosto mostrando Tua verdadeira face revelada...

As sombras se convocam para te convencer da dor.. da natureza dúvea deste misterioso espaço de primor... deste tempo que habitamos entre a alegria e a dor....

Falam as sombras - nossa resistência a "ouvir" - a voz da harmonia em derredor... no interior - a suspirar e a bolir... falam as sombras da natureza também subvertida desta vida que parece vazia - de sentido, de destino... como se uma viagem no acaso na que faltam marcos que mostrem a verdade da estrada, a profundidade desse amor que é o mar em foto tua pendurado...

E é verdade - a vida tem sentido... tão verdade como é puro, intenso e sentido esse teu sorriso com simplicidade oferecido...

Poderemos forçar tudo com a força de vontade... poderemos ser artistas pintores - inventando novas telas e novas cores... ou actores fingidos - encenando novas cenas em filmes de horrores...

Mas - de certo... bem certo - seremos mais fortes se formos melhores... se formos - SIMPLESMENTE tão verdadeiros e puros como essas flores...

Que - olhadas com deleite no caminho - nos demonstram - de mansinho - a verdadeira tonalidade - o verdadeiro sentido - das nossas verdadeiras cores...

Assim: a rosa, o sorriso e a criança - mostram o que demonstra o teu sorriso em cada dia - no que - erguendo-te de entre a rotina - ofereces o azul do mar, o vermelho da vida e o irradiar de um sol a raiar com um sorriso simples dessa tua face a iluminar um espaço de convívio - tão original e banal - como a mesa deste bar... na que escrevo para te despertar - para o mundo belo a descobrir e com teu ser colorir... e essa vida - que vale a pena! Com passos serenos e pose amena... de descobrir pouco a pouco... de mãos dadas e abraço forte!

Tudo espelhos amiga peregrina - tudo espelhos: obrigado por mostrar o mais simples - aquilo que se vê por dentro reflectido na face que o demonstra assim - como mo mostras a mim - de forma amena, alegre e não contida...

Seja no lugar onde te moves - dia a dia - seja no espaço de segredo onde essa tua alma de lua mora e nas noites perdidas escreve a memória dos sonhos que foram tesouros outrora...

E - mais uma vez - obrigado por existires: como diria o sereno sibilo das árvores - que juntando ramos nos contam histórias que se erguem de seus troncos fortes... suas profundas histórias na terra fincadas com poderosa essência agarradas: Juntos Somos Mais Fortes

Assim - ser mulher... obrigado por existir e por - do ser - ser quem és: esse sorriso de mar... essa Lua espelhada a brilhar.... esse vermelho incontido de um sentir tão singular - e a simplicidade de o dizer sem duvidar.

ULTREYA! Procura o caminho dos PONTOS DE LUZ!

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