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quinta-feira, novembro 08, 2012

ás armas! ás armas! contra os Dragões - marchar... marchar...

Nos tempos que correm a superficialidade substitui a vivência profunda da vida que me é dado a viver...

Correr através do mundo da ideia e da imaginação, alternar horários encaixados de forma cada vez mais agressiva apaga a imagem intensa da experiência humana profundamente assumida...

Num mundo de contra relógio ficamos com o mais pobre dos três tempos gregos: se Chronos corre, se kairos providencialmente fala sobre um momento de enlevo no que a mente do mundo se separa... então sobra Aeon... o tempo "divino" que nunca mais acaba... reservado apenas a alguns que escolhem caminho com calma e - na sua determinação - fazem do ser a porta, via e estrada...

Escolha agora quem queira - poder podem todos se assim se precatam - que há caminho que leva ao obscuro de se ser escravo da agulha ou ponteiro que te pauta... e que há caminho - já o dizia Agostinho - numa frase condicionada: "SE AMARES - farás o que queres"...

Recorda amigo - no entanto - que "amar - também tem três "persona"... três máscaras... para que o abstracto possamos "ver"... nos aperceber... e saber - em qual das esferas se desloca a nossa "alma"...

Se Eros - amor pungente, foco definido... tempo ausente;

Se Philos... amor amigo... braço, mão, humano... em actividade ou dedicação a uma arte expandido... tempo providencial;

Se Ágape... o grande AMOR, o grande MAR... tu - gota perfeita... diluída na tua fonte... e da tua fonte parte integrante... parte... par... Aeon... tempo REAL...

...para além da ficção de sequências gravadas ao som do projectista da câmara que acelera ou atrasa o filme que ainda vemos na tela do nosso existêncial...

Escolher é parte da obra... o caminho é sua meta... o destino é subir montanhas cada vez mais altas e notar que - os gigantes de outrora - são agora formigas na bota... quimeras passadas... entelegíveis verdades que o adepto passa: com graça - como as flores enebriantes do caminho dourado daquele que percorre o seu fado perseguindo sua meta...

Sorri para a flor... com graça acena à quimera... desfazendo os nós - górdios ou não - que esta vida propõe em cada passo da tua gesta... refinada razão... refinada vontade... maior precisão para dar passos em solenidade...

Mantendo firme o leme... agarrando o brasão - o que em teu peito grassa: olhar de determinação nos passos da estrada que percorres: rumo... a casa...

Cinco círculos de perfeição... cinco estandartes de graça... cinco filigranas verão os que contemplem finalmente a sua verdadeira face espelhada...

Até lá... irmão... irmã

Que a corrente seja enchurrada que passa... pois os rios e os destinos um Outro os traçou... descobrir quem e a sua razão é parte do mistério descortinado em cada passo nesta digna e nobre estrada...

Quatro linhas sagradas - por serem símbolo de excelência... por serem sinal de perfeição:

Fortaleza - coragem de confrontar gigantes com a força do teu coração;

Prudência - discernimento para saber onde colocar a força da tua visão;

Temperança - equilíbrio e harmonia entre a tua chama purificando enganos e a brisa pairando sobre o negros corações enganados;

Justiça - implacável comando que te impele a avançar - sempre - contra serpente ou gigante que na tua vida pretenda se entrosar...

No centro - quina ancestral - pilar e fundamento - de tudo o resto que existe para a guardar:

Verdade - pristina - diamente devida e bússola imemorial... se vais além dos conceitos terrenos e dos falsos valores amenos que se adquirem, se compram, se decoram ou se copiam sem cessar - encontrarás uma voz mais firme e uma nascente a jorrar - dela beberá toda a gente e vida plena existira no teu caminhar;

Passarás desertos ardentes ou solitárias veredas sem notar - que a água que te alimenta é vida plena no momento presente e que - seguindo a estrela fixa - estás no caminho certo a marchar...

Depois orienta o teu passo - pois ondulado será... haverá momentos nos que a resistência te confronte e momentos nos que prevalecerá...

Nos lugares mais sombrios... nos labirintos mais reconditos de onde o teu ser se possa embrenhar - se falhando aos preceitos o adversário te arrastou até lá - então é momento de despertar:

A chama sagrada da transformação interior... fénix renascido - furor régio do vermelho Dragão...

E uma vez ascenso - de entre a treva, da resistência e do lodo que te invadiam e aos que - vehemente - respondente - com voz pungente: o teu resoluto e desperto "NÃO!";

Ressurges hirto - digno... pleno: mais perto do centro que é caminho, via e fundação;

Cada dia - a tua resistência - que de ti sabe tudo o que és até então - se liga a uma outra mais forte - filha da ignorância, da dúvida e da perdição;

Colocarão desafios para que possas demonstrar - que as capacidades adquiridas são viventes e activas não meros conteúdos fruto dos tempos que estamos a atravessar;

O saber é UNO e antergo - nada novo houve depois a inventar: os pilares de fundação eternos e eterno o caminho do que pretende avançar...

Os ciclos se repetem - e nestes podes optar - por estar do lado das linhas que se recordam - da razão pela que elevamos pilaraes, sublimamos potências formando vontades e aspiramos a olimpos inancalçáveis pela dignidade do nosso próprio passo e pela determinação que late no nosso carácter e pelo mérito deixado pelo rasto ao passar...

Mente relámpago... e além... o imaculado éter... pontes entre o que chamam "sagrado" e aquilo que - dia a dia - nos dizem "profano"...

Uns para se perder e dispersar... agentes do medo, posses desgarradas da dúvida e da falta de estrela para na noite os guiar... e aqueles que caminham - pé ante pé na sagrada e anterga linha - que vai testemunhando os princípios de harmonia que - VERDADEIRAMENTE - regem este lugar;

Uns pelo caminho que leva abaixo... pela pirâmide cravada no chão...

Outros pela vereda empinada, pelo caminho suado, pelo vergar rostos e olhar no solo evocando a recordação...

Do topo de montanha glorioso e da constante aspiração...

Caminhamos...

Pelos valores que nos sustentam... caminhamos...

E - em momento de quedas de impérios - lutamos - pelos valores que juramos - para nosso ser interior - preservar;

Perseveramos... com primor nos refinamos... entre a sombra que se arrasta - cobra imensa que tudo esmaga - no seu ondular terrenal...

Frio antergo que ameaça - a chama viva de todo o que nela passa e todo aquele que se deixa cativar...

Pelo hipnótico sentido de velado desatino... disfarçado em mil e uma cores, sabores e destinos encadeados a velar a clara visão do caminho a trilhar... e no abismo se perder, para sempre no caos mergulhar;...

Para os que descem e se deixam levar - pelo monstro mais frio, pelo Dragão invertido e por tudo o que pretende alienar... a última evocação antes de que as portas se fechem e chegue tempo de definir: quem vai ficar e quem vai lutar;

Quais os valores que persegues, com que força os consegues: quais as tuas finas bases para na enchurrada te firmar; quanto podes - no momento que explode - dar tudo de ti por uma vida salvaguardar?

E se sentes - que a tua honra tem preço - qual o preço que essa sombra te oferece para que desarmes, saias do teu posto e desacredites da luz que vieste neste mundo representar?...

Se ainda respondes... ainda não estás cego...

Se ainda respondes - o Antergo te está a invocar...

Das profundezas dos tempos se ergue - para desafiar aquele que nos pretende obscurecer e na sombra nos predar...

Juntos somos mais fortes... juntos somos um a cantar... cântigos régios outrora pungentes - cânticos sem sombra da dúvida que hoje nos pretendem fazer crer e venerar...

Jardins velados... portões fechados - para as sementes da dor... de suaves sedas embelezados - jardineiros atraiçoados - plantam egrégoras nos incautos que abrem guarda em momento de combate interior;

Abre os olhos e lembra - qual o nome que te foi dado a guardar...

Evoca o presente que tens ao mundo para doar...

E caminha - irmão - caminha...

Não há passo a trás para se dar nem passo em frente que seja para vacilar;

Caminha para a glória do tempo intemporal... destino único e consciente do que luta pelos valores que pretende alicerçar;

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