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quarta-feira, agosto 23, 2006

Os ermos distantes

Entre linhas rectas e becos ocos de existência mundana,

É artista aquele que dá a sua cor ao momento, às gentes, ao encontro…

É artista sublime o que dobra a esquina da rotina e se encontra com um monumento à ousadia…

É vivo o que se desliga, e vive - como quem andasse despido

É brilhante o que se enamora - da sede, da sequia, do estio

É sincero o que sente - essa tela velha e vazia do antigamente

Tudo tons e coragens – entre vida diária espartana
Gritando sem pausa a viragem
De uma época diáfana
Para um mundo novo – com virtude, inteireza e mensagem:
Libertos das cadeias – livres dos grilhões
De escravos presos no seu mundo interno
Unidos e vivos – mente e razão

Nunca mais sós…
Nunca mais pedindo aos deuses sua esmola
Sempre vivos – nunca ausentes
Em cada passo desta escola
E – para além dos sonhos e anseios
Encontrar casa, sentir voragem
Na imensidão de um momento

E viver…
Mais do que ser parte de algo –
Ser algo em toda a parte


http://www.portnoygalleries.com/gregallen/ga3708.html

1 comentário:

Micas disse...

"E viver…
Mais do que ser parte de algo –
Ser algo em toda a parte"

Mais palavras para quê? Acrescentar mais alguma coisa, ainda que em forma de comentário estragaria tudo.