Adaga de gelo no coração da sombra, melodia de criança entre o ruído do mundo…
A força da criatividade não se mede – sente-se…
A cada golpe da vida deixamos o nosso cunho na essência do vazio.
Cada folha que cai deixa a promessa de um renascer, cada fruto que esmorece traz em si a semente da nova vida.
Em vez de perder – renovar…
Na neblina há um sino que toca... não estamos sós.
J.S. Bach - Ar
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quinta-feira, novembro 26, 2009
quarta-feira, novembro 25, 2009
Dancer
Há um tempo no que o abraço faz pontes, no que o caminhar lado a lado faz presença.
Há um tempo para sentir cristalinamente a face do outro lado do espelho, para sorrir e saber-se neste mundo com um sentido – ainda que velado nas entrelinhas…
Há um momento para deixar as armas do guerreiro e sentir que é hora de ser o mago, de seguir a dama de sombra que suspira palavras no ouvido da alma e com elas fazer arte e dar vida…
A aspiração à plenitude é um caminho, e cada gesto é um passo na sua consecução.
Antes dançávamos na orla da ilha para acalmar as águas. Dançávamos para entrar em sintonia com o caos e nele depositar a nossa harmonia, a nossa arte.
Despertem as dormentes.
O canto já se ouve, é momento de dançar…
Até breve!
Há um tempo para sentir cristalinamente a face do outro lado do espelho, para sorrir e saber-se neste mundo com um sentido – ainda que velado nas entrelinhas…
Há um momento para deixar as armas do guerreiro e sentir que é hora de ser o mago, de seguir a dama de sombra que suspira palavras no ouvido da alma e com elas fazer arte e dar vida…
A aspiração à plenitude é um caminho, e cada gesto é um passo na sua consecução.
Antes dançávamos na orla da ilha para acalmar as águas. Dançávamos para entrar em sintonia com o caos e nele depositar a nossa harmonia, a nossa arte.
Despertem as dormentes.
O canto já se ouve, é momento de dançar…
Até breve!
terça-feira, novembro 24, 2009
Do Sol e da Lua
Entre o ruído do diário, a sintonia dos seres que se tocam no invisível é a mais intensa.
Existe a vontade de ir mais longe, de se sentir mais fundo, de ser mais verdadeiro do que a realidade do “eu”.
Há um poço que tem origens profundas na terra, e do qual as nossas águas bebem.
Entre o ser e o estar existe o reconhecer.
Caminha-se lado a lado para além da distância e do tempo; para além do labirinto que a mente tece...
E os olhos da verdade não se enganam… nem enganam.
Até breve!
sábado, novembro 21, 2009
Inner Strength
A imagem estava clara. Havia um holograma, um plano fino e fiel. Dai toda a precisão.
A força vinha do íntimo, da natureza do ser criado. A coragem que inflamasse a filigrana escrita e lhe desse forma presente no mundo “real”.
No fundo, o real era antes e é agora. A promessa e aquilo que se cumpre.
A Consciência Universal dá a mão, cabe a cada um estender a sua da forma como sabe e sente.
The Tao of Kung-Fu
Até Breve!
A força vinha do íntimo, da natureza do ser criado. A coragem que inflamasse a filigrana escrita e lhe desse forma presente no mundo “real”.
No fundo, o real era antes e é agora. A promessa e aquilo que se cumpre.
A Consciência Universal dá a mão, cabe a cada um estender a sua da forma como sabe e sente.
The Tao of Kung-Fu
Até Breve!
segunda-feira, novembro 16, 2009
Um abraço de ida e volta
Quando o sorriso se faz dança e a dança abraço. Quando se vê para além da aparência e daquilo que separa, encontramos no outro o ser irmão que connosco caminha pelas veredas da existência.
Quando a energia une e não se para, quando o fluir é como um rio manso que caminha para seu mar... então a vida é deleite, paz e encontro…
Reiki, uma forma de encontro, de olhar o outro e ver o que se encontra para além da aparência.
No fundo, uma forma de nos olhar a nós mesmos e de servir. Cada qual se oferece, para ser canal. Disponibiliza-se para se deixar embalar pelo amor que une, por aquilo que é universal.
O resto é um caminho de encontro e uma vontade de ajudar.
Um abraço Universal
quinta-feira, novembro 05, 2009
Tecer
Há um lugar onde tecemos os nossos sonhos, de onde flui a nossa magia pessoal… esse lugar é o que chamamos de coração – o centro onde o céu e a terra se juntam. Toda a verdade e todo o valor encontram-se ai. O poder e a mente são as portas por onde começamos a caminhar até chegar aos portões dourados onde se entretecem as histórias, o lugar onde o ontem e o amanhã se fazem hoje…
Há uma arte e ciência que é a de transformar a força vital em coisas. Podem ser pensamentos em obras, sonhos em palavras, habilidades em serviço. Essa é a arte que se pode ir treinando para se transformar este lugar num lugar melhor – mais do que num mundo de olho por olho (onde toda a gente seria cega, como dizia Mahatma Gandhi) – um lugar onde a consciência se eleve acima das agressões da vida diária e a nossa originalidade opere, transformando o insulto em sorriso, o acto cruel em obra benéfica, o sofredor em ser consciente. Apontar para a meta de ser tecedor de realidades… escolhendo o padrão que se pretende gerar.
Entre o negro e o branco há uma delicada linha que marca o equilíbrio. Apontem para ela os pecadores e os justos. Como dizia alguém, o caminho pode ser mais ou menos tortuoso, com maior ou menor declive – escolham… a vista lá de cima é a mesma para todos.
Até amanhã!
segunda-feira, novembro 02, 2009
Bicicletas e caminhantes
É curioso pensar nas combinações possíveis que a realidade pode tomar, uma vez que as nossas opções a colocam em movimento. Pode-se pensar que o caos e o erro trazem consigo mais caos e erros mais severos – ainda que é nestas situações que se pondera seriamente acerca das nossas opções e atitudes e se pensa em alterar comportamentos.
O caos oferece sempre a opção de se alterar o rumo dos passos que tomamos e uma oportunidade de avaliar a nossa conduta e descobrir as verdadeiras motivações que a regem.
Por outro lado, a ordem e o fluir encadeado de opções correctas, podem levar ao “adormecimento” da consciência das coisas e do próprio. Um adormecimento tal que submerja o indivíduo num estado no que se sinta estar tudo está a fluir conforme tem de fluir…
Quando uma vicissitude de maior porte aparece no caminho, então desperta-se do estado onírico e depara-se com uma realidade algo diferente daquela que se sentia viver.
É algo assim como andar de bicicleta nos primeiros tempos nos que se aprende a pedalar. Se adormecemos no encanto da viagem, o velocípede embala sem que haja grande esforço, mas basta o primeiro pensamento que nos transporte à realidade do medo para que o equilíbrio se rompa e o ciclista caia da sua trajectória recta e harmoniosa.
Alguns já sabem pedalar, já ultrapassaram os primeiros medos e conseguem corrigir em viagem, mesmo quando as dificuldades parecem muitas. Outros simplesmente caem e não levantam ou perdem embalamento e terminam por ficar cada vez mais incipientes, cada vez mais deslocados… até terminar por cair… ou ganhar novas forças e novo ânimo para voltar a pedalar com o vigor necessário; acelerar o seu veículo, sem o fazer tombar para o lado com a falta de perícia das primeiras pedaladas de maior força do que saber.
Nos tempos que correm, o medo é regra geral. Esperemos que se saiba pedalar com arte e graça, sem perder o centro nem a noção de Norte, sem cair no desespero, sem tombar.
No fundo, cada passo na vida, representa a arte da alternância - deixar o seguro para uma situação nova de instabilidade… e voltar a pousar o pé e sentir-se seguro… até se ter de levantar o outro pé novamente.
Força! (com precisão)
domingo, novembro 01, 2009
Simpatias
Ao longo da existência, vamos tomando consciência da plasticidade do nosso ser. Em especial, de afinidades – como se fôssemos tons musicais entrando em sintonia.
É dentro desta visão que enquadro a “simpatia”.
Tenho reparado que muitas pessoas entram em sintonia com o estado de saúde ou doença de outras – tenho notado como a ansiedade de uma mãe na sala de espera se “contagia” à equipa de saúde que atende a criança, se esta não estiver consciente de focalizar a função que se executa; tenho notado como uma pessoa em depressão atrai para o seu baixo nível de vibração o interlocutor incauto. Tenho notado como pessoas com alterações respiratórias, como a bronquite ou asma em fase aguda, atraem por simpatia pessoas em seu redor para que fiquem com sintomas semelhantes.
É que a mente funciona como um espelho dos estímulos sensoriais e, ao captar impulsos emanados do “exterior”, evoca esses impulsos no nosso interior, tornando-os tão reais como se fossem gerados por nós mesmos. Há pessoas com maior capacidade para evocar imagens de outras fontes e as reconfigurar no seu interior. Este caminho tem dois sentidos e pode ser usado no sentido ascendente ou descendente...
Ao longo do tempo, creio que até doenças mais crónicas, podem ser causadas por “simpatia”. A consciência modelou-se à imagem da patologia que gerou em determinado momento ou à influência sobre a que esteve durante determinado tempo e com determinada intensidade. A miséria, o abandono poderiam caber aqui…
Por outro lado, também tenho notado que a “simpatia” gera em nós as características dos ícones ou personagens que pretendemos imitar. Isto funciona actualmente com os estereótipos sociais – como o belo, o forte, o atractivo, o poderoso – e funciona com os ícones espirituais que nos têm sido sugeridos. Funciona com os modelos que definimos para o nosso caminho e funciona com aqueles que – mesmo inadvertidamente – se transformaram de uma forma ou doutra em modelos para nós: por isso a importância das companhias que escolhemos ou dos papéis de autoridade e da forma como desempenham as suas funções.
As simpatias vão mais além de meras “tendências” para com alguém ou alguma ideologia. São tão estranhas como a modelagem das caras de pessoas que se amam, e que ao fim de alguns anos desenvolvem características faciais semelhantes.
As simpatias são como cruzamentos de onda no entramado do “real” – cabe-nos a nós tomar consciência delas e começar a ser artífices despertos das mil e uma formas de as combinar: para o bem-estar da humanidade, para o enriquecimento próprio e daqueles que nos acompanham nesta peregrinação no caminho chamado “vida”.
Até breve!
É dentro desta visão que enquadro a “simpatia”.
Tenho reparado que muitas pessoas entram em sintonia com o estado de saúde ou doença de outras – tenho notado como a ansiedade de uma mãe na sala de espera se “contagia” à equipa de saúde que atende a criança, se esta não estiver consciente de focalizar a função que se executa; tenho notado como uma pessoa em depressão atrai para o seu baixo nível de vibração o interlocutor incauto. Tenho notado como pessoas com alterações respiratórias, como a bronquite ou asma em fase aguda, atraem por simpatia pessoas em seu redor para que fiquem com sintomas semelhantes.
É que a mente funciona como um espelho dos estímulos sensoriais e, ao captar impulsos emanados do “exterior”, evoca esses impulsos no nosso interior, tornando-os tão reais como se fossem gerados por nós mesmos. Há pessoas com maior capacidade para evocar imagens de outras fontes e as reconfigurar no seu interior. Este caminho tem dois sentidos e pode ser usado no sentido ascendente ou descendente...
Ao longo do tempo, creio que até doenças mais crónicas, podem ser causadas por “simpatia”. A consciência modelou-se à imagem da patologia que gerou em determinado momento ou à influência sobre a que esteve durante determinado tempo e com determinada intensidade. A miséria, o abandono poderiam caber aqui…
Por outro lado, também tenho notado que a “simpatia” gera em nós as características dos ícones ou personagens que pretendemos imitar. Isto funciona actualmente com os estereótipos sociais – como o belo, o forte, o atractivo, o poderoso – e funciona com os ícones espirituais que nos têm sido sugeridos. Funciona com os modelos que definimos para o nosso caminho e funciona com aqueles que – mesmo inadvertidamente – se transformaram de uma forma ou doutra em modelos para nós: por isso a importância das companhias que escolhemos ou dos papéis de autoridade e da forma como desempenham as suas funções.
As simpatias vão mais além de meras “tendências” para com alguém ou alguma ideologia. São tão estranhas como a modelagem das caras de pessoas que se amam, e que ao fim de alguns anos desenvolvem características faciais semelhantes.
As simpatias são como cruzamentos de onda no entramado do “real” – cabe-nos a nós tomar consciência delas e começar a ser artífices despertos das mil e uma formas de as combinar: para o bem-estar da humanidade, para o enriquecimento próprio e daqueles que nos acompanham nesta peregrinação no caminho chamado “vida”.
Até breve!
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