Tenho apenas uns segundos de vida… que fazer?
Cheirar o ar da noite e sentir esta serena humidade envolta num silêncio de paz…
Passear com pés descalços pela beira-rio, sentindo a areia e os pés e como ambos fazem música na caixinha mágica que me puseram sobre os ombros…
Enveredar por entre a multidão de uma noite de festa, sorrir com o cheiro de algodão doce, apaixonar-me por todas as garotas que passam, achar piada ao mar de cabeças saltitando ao som de uma orquestra local, rir com as peripécias de um gajo desajeitado ao volante de um carting…
Ouvir as duas últimas músicas da “Irmandade do Anel” - revendo a morte de Boromir, enquanto uma mãe cuida e mima uma bebé linda bem na mesa em frente num restaurante onde vou comendo descansado o bife que rompe com as minhas dietas sem carne…
Jogar uma partida de xadrez taco a taco, pedir que o meu parceiro não faça o movimento que lhe expõe a Dama, sorrir de mansinho enquanto o Porto vai ganhando o jogo e o resto do pub se divide entre dois tarados à frente de um tabuleiro e mais um golo do clube do dragão, ganhar a partida e dar um “hifive” que sabe a vitória conjunta depois de levar ambos os relógios até aos trinta segundos do fim…
Depois vir, sentar, ver a praça solitária lá fora baixo as luzes da madrugada e ir escrevendo para que possas ler e ver o quanto se pode fazer com apenas uns segundos de vida.
São sempre os últimos.
É bom quando sei que é assim.
Boas noites…
Cheirar o ar da noite e sentir esta serena humidade envolta num silêncio de paz…
Passear com pés descalços pela beira-rio, sentindo a areia e os pés e como ambos fazem música na caixinha mágica que me puseram sobre os ombros…
Enveredar por entre a multidão de uma noite de festa, sorrir com o cheiro de algodão doce, apaixonar-me por todas as garotas que passam, achar piada ao mar de cabeças saltitando ao som de uma orquestra local, rir com as peripécias de um gajo desajeitado ao volante de um carting…
Ouvir as duas últimas músicas da “Irmandade do Anel” - revendo a morte de Boromir, enquanto uma mãe cuida e mima uma bebé linda bem na mesa em frente num restaurante onde vou comendo descansado o bife que rompe com as minhas dietas sem carne…
Jogar uma partida de xadrez taco a taco, pedir que o meu parceiro não faça o movimento que lhe expõe a Dama, sorrir de mansinho enquanto o Porto vai ganhando o jogo e o resto do pub se divide entre dois tarados à frente de um tabuleiro e mais um golo do clube do dragão, ganhar a partida e dar um “hifive” que sabe a vitória conjunta depois de levar ambos os relógios até aos trinta segundos do fim…
Depois vir, sentar, ver a praça solitária lá fora baixo as luzes da madrugada e ir escrevendo para que possas ler e ver o quanto se pode fazer com apenas uns segundos de vida.
São sempre os últimos.
É bom quando sei que é assim.
Boas noites…
4 comentários:
Será sensato fazer com eles o que resta da vida?
Um abraço. Augusto
Será que a paz tem preço?
Se me for concedido escolher o meu último segundo de vida, é exactamente assim como descreves que o quero viver. Grata por este momento.
Abraço
Acrescento ainda o mais importante, ouvir as gargalhadas dos meus filhos, felizes e saúdaveis, e sim, isso será o mais importante e apaziguador.
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