Algo me fez lembrar que somos permanente devir…
Correntes clássicas tendem esvaziar-se no mar do novo…
Primavera que limpa toda a mobília da mente humana…
De novo se recriam as vestes da consciência “awareness” habitual…
De novo pairamos respirando ser…permitindo com nossa entrega e livre arbítrio o dizer “sim”… pleno, concreto, verdadeiro… para a voz que emana do ponto que racionalizamos como “coração”…
Ser e fluir…entrelaçar-se nas ondas do mar da vida e – entre elas – ser harmonia…
Abrir asas e pousar o ser noutro ser que se espirala entre a brisa pura das águas de mar… gaivota branca, garça plena…
E abrindo as asas – peito aberto, coração vibrando em brilho sem par - outra asa pousa nas nossas asas… e somos mais a voar…
Bando de gaivotas à solta, pairando nas novas encostas… longínquas e tão fraternais… trazendo para o mundo da praia, da costa conhecida, o chamamento da voz do SER REAL…
Realeza plena, chama pequenina: que se vai soltando em espirais de liberdade…
Sacrário de onde jorra a coragem que se vai abrindo: revelando sua luz, sua vida, seu amor…
Em cada ser humano há espaço para o SER. A cada ser humano está a ser dada a possibilidade de optar… de ouvir… de ir mais fundo no seu centro e contemplar um laivo de verdade…
Para que traga ao mundo conhecido sob forma de dom ou talento… com a finalidade de ser simplesmente… sorrir por sorrir em partilha… abraçar por abraço da alma que se reencontra…
Não é obrigatório… é apenas um convite… suave, sereno, quase que tímido… como se a criança viva que há em nós nos encontrasse na praia, nos estendesse a mão pequenina e livre convidando-nos a caminhar – pés descalços – na areia sempre nova que as vagas do mar reescrevem após os nossos passos passar…
Irmão, irmã… caminhamos?
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