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quarta-feira, setembro 13, 2006

D or D existir


alma inerte o amor já não toca … pele fria o desejo não toma… Pã se funde em dimensões semelhantes… pintura imitando uma tela em branco se definha…

Conta-se ao velho ofegante em estertores lívidos o segredo de longa data - eternamente ansiado - que sempre repousara (desapercebido) baixo o seu olhar… um último esforço para o ver de soslaio, enquanto alento vital esvai do corpo retorcido por peso de tempo sustido sobre ombros gastos…

Nada esperar, desesperando da própria força ou vontade… inspiração fluindo como folha caída em Outono precoce – amarela e seca em águas de rio corrente… vida pálida sobre vida transparente… juntas abraçadas em direcção ao mar

Caminhando entre urros roncos na batalha encarniçada, a criança resvala – qual sombra pálida – olhar fixo num nada distante… sangue escorre, feridas abrem… ela se esvai nas sombras indistintas, ecos de sons baços no horizonte irreal…

4 comentários:

Xandra disse...

Quando te angustias com as tuas angústias, te esqueces da natureza: a ti mesmo te impões infinitos desejos e temores.
Epicuro

Xandra disse...

Quando te angustias com as tuas angústias, te esqueces da natureza: a ti mesmo te impões infinitos desejos e temores.

augustoM disse...

Foi uma pena ter retirado o seu comentário no meu post dos Cro, não compreendo o motivo. Gostei de o ler e fiquei lisongeado, foi mesmo uma pena.
Um abraço. Augusto

Simbelmune disse...

Peço desculpa - suponho que as minhas divagações sobre os "paralelismos" da história escrita e as suas bizarras contradições não devem ser muito espalhadas, para bem geral. Espero poder vir a postar coisas mais sérias de acordo com o tema conciso e bem dirigido dos seus posts Augusto. Tem um trabalho fascinante.