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sábado, setembro 30, 2006

Pensamentos

Penso na consciência colectiva, penso em Carl Jung e nos seus arquétipos, penso no número crescente de humanos encarnados cultivando o feminino e penso na instituição dos valores de beleza e sensibilidade como predominantes, penso na nova era que se avizinha, penso…

Penso em Eva – que significa “Vida” – e em Adam (uma tipo específico de barro avermelhado que eu associo sempre a “Forma”).
Como arquétipos implicariam o feminino como conteúdo ou substrato e o masculino como forma, definição.
Veria na semente da Humanidade um todo que anuncia um germinar no qual o masculino representaria a casca e o feminino a sêmea.

Um - o lógico linear - o outro - o intuitivo; um o criativo o outro o definidor.
Ambos um sistema com tendência para procurar harmonia entre as suas partes constituintes numa correlação sincrética.

Vejo o hemisfério direito e esquerdo do cérebro procurando uma cooperação perfeita. Vejo o Este e o Oeste do Paraíso convergindo para unificar na ilha das macieiras um todo unificado com a vida e a ciência do bem e do mal já não mais em conflito, contraste ou desconhecimento da sua comunhão.
Vejo uma explosão e luz no trono – na sela turca do corpo físico – enquanto pituitária e pineal se mesclam num tom próximo…

Uma semente de casca grossa morre abafada pela opressão da sua própria estrutura que não deixa rebentar a planta a nascer.
Uma semente de casca fina esmorece e se esvai pela ausência de estrutura antes de se madurar em plenitude.

Já se matou o touro, já se sacrificou o cordeiro, já se pescaram os peixes… agora devemos encontrar a harmonia das águas que se juntam numa era dourada – num equilíbrio sem opressão ou desleixo entre a forma e o conteúdo.


Acreditaremos na elaboração do hermafrodita, na ancoragem das energias masculina e feminina em medida dourada, envolvendo os receptores físicos com capacidades de sintonizarem as cristas e cavas do “comprimento de onda” criador?...

É um desafio que vai transcender a força dos números… bem vistas as coisas, a maioria de nós - com outros corpos e outros egos – está em fase dormente e adora o jogo de contrastes que nos brinda a ignorância da nossa fonte.
É legítimo - e por isso é admirado - o estadio “humano”: pela capacidade de se “esquecer” da sua essência intrínseca - consoante com o resto do Cosmos - e viver num estado de "esquizofrenia" com seis biliões de sub-personalidades.

Mas – crendo em conceitos como “Massa Crítica de Consciência” (ver livro interessante “A Profecia Celestina” – de James Redfield), sentimos que a vivência da vibração comum a masculino e feminino em harmonia - por um número eficaz de indivíduos - expandirá a consciência colectiva para além da identificação com a fracção e o ser egoico.
Permite-se assim uma vivência que inclua os corpos físico, mental e emocional - com os que nos identificamos tendencialmente nesta era das regras e definições exógenas – e a continuidade na escada de Jacob para o intuitivo e a sua correspondente proximidade ao Todo relativamente ao plano actual.

Expandindo-se a consciência do ser e a capacidade vibratória da “aparelhagem receptora”, a consciência da ligação ao “Todo” - ao Cosmos - será imprimida em grau mais ou menos generalizado sobre a humanidade a título particular, e sobre a Terra a título geral.

Se a estação emissora mantém um sinal constante e perfeito, a capacidade do aparelho receptor determina se apenas captamos imagens a “preto e branco” com som “mono” e sem “teletexto” ou se fazemos “upgrade” ao modelo de “televisor” e começamos a receber algo mais do comprimento de onda da emissão eterna.


Os riscos das transições são conhecidos do passado: a identificação com o esquema existencial prévio, a resistência à transição, o agarrar-se às “roupas velhas” apenas procurando remendos em vez de se vestir as “roupas novas” para o “banquete”… estes factores provocam cisão, sofrimento por se “rasgar” a crisálida a “contra gosto” e sem entrega do ego para a sua morte como lagarta e (re)nascimento como borboleta.

Não se assustem – “Apocalipse” apenas implica “Revelação” ou “Visão de Futuro” - não o negrume que se tem espalhado.
Lembrar também que – semear medo, dúvida ou descrença é arte de Maquiavel. Plantar esperança, fé e amor é outro tipo de Arte bem diferente.

A decisão está na mão dos alguns que sentem como o palpitar do grande Ser - que é nossa essência - se vai alterando à medida que nos aproximamos da transição.

A nossa capacidade de entrega incondicional dita de forma directa a forma como a consciência colectiva se eleva na sua nova fasquia, expandindo a consciência individual para um patamar acima neste seu caminho de despertar como Um, ou “Todo”.


Para uma melhor compreensão do que implica o limiar de massa crítica de consciência e a sua importância no processo de transição para a "revelação" do futuro, procure-se “The Hundreth Monkey” de Ken Keys.

2 comentários:

Micas disse...

"Plantar esperança, fé e amor é outro tipo de Arte bem diferente."
É sem dúvida outro tipo de Arte bem diferente e que poucos conseguem atingir mas que TU tão bem sabes fazer. Bem Haja, por existires.
Não conheço os livros mas já anotei.


Vou estar ausente um par de semanas, virei ler[te] sempre que possivel.
Fica bem. Um abraço

Simbelmune disse...

Bem que gostava que o meu pão tivesse massa com melhor qualidade para servir fé esperança e amor. Às vezes consegue-se, muitas mais vezes nem por isso.

Boa viagem - que os teus passos te levem a onde brilha a luz.