Os anjos
chamam
Seus coros
clamam
Entre os
principados
Os lugares
Na terra
ancorados
Se ficaram
Fundidos
Em acordes
Que se
foram levantando
Umas vezes
surgindo
Novos nomes
Para se
irem cantando
E no
tema
Universal
A linha
Da apoteose
Une
O solista
Que se
eleva
Tema
Monotema
Que vai
de
pilar em pilar
Se sustendo
Quase sendo
Estendido
Y na
universalidade
Dos temas
menores
Tão próximos
Dos seres
humanos
Entretece
algo de
acorde
De suave
melodia
De digna
fantasia
que
ganha cor e vida
É singela
É simples
Apela
Ao ser
intimo
Ao momento
Bem vivido
A esse
valor amigo
A esse
amor terno
A esse ser
filial
Que afinal
Se tem
legado
A esse
tema
universal
Em ilhas
Distantes
Nos pontos
constantes
Ainda ancorado
E nesses
temas
Nos inspiramos
Nesses barcos
Que nas
águas
que se
elevam
Nos elevamos
Esses lugares
Recolhidos
Esses recantos
Sustidos
Raízes profundas
que se
não chegaram
a
arrancar
Essas florestas
Que encheram
mundos
copas
para se abrigar
nesses
tempos
nos que
os silêncios
não
param de berrar
y nos
que os ruídos
entretecidos
entre
os vivos
parecem
nos
achegar
ao nos
afastar
e nesse
sentido
intimo
amigo
nesse
fio
transparente
e fino
luz de
esperança
que é
qual criança
que crê
sem
duvidar
retomar
essa
bonança
força
que avança
nessa
maturidade
que
concede a idade
tempo
em nós
a se
fazer devagar
estendido
entendido
revelado
entretecido
em cada
passo
do caminho
que se
tenha
assim
entregado
o que
levamos dentro
o nosso
fundamento
o que
nos é bem prezado
para o
eterno
universo
vivente
para essa
causa
fundamental
da que
somos presente
e nesse
momento
que dura
e se
prolonga
mais
bem o ser apura
essa
chama longa
cirio
indeterminado
que
vela
e zela
por
ficar
sempre
bem
iluminado
farol
que guia
entre a
costa esguia
até ao
bom porto
esse
algo que gira
cintila
e
permanece
suave e cristalina
linha
que se não esquece
essa
terna saudade
que em
nós mora
essa
terna verdade
que
nunca mais
vai
embora
e nos
fala
em
terna idade
e se
recorda
ao
chegar
essa
linha definida
esse
tempo de estiva
esse
recolher o semeado
esse
algo que jaz plantado
entre o
joio
grão doirado
que
poisou
sem ter
sido deixado
trazido
pelo vento
desse
terno fundamento
que nos
bem tem amado
esse
algo
que nos
transcendo
voga por
fora
e por
dentro
e faz o
mundo
unificado
diverso
coeso
y ainda
em verso
o poema
entregue
é linha
fina
indefinida
que não
tem tema
de se
dizer
nem
final
assim
a
condizer
inspira
toca
y
regressa
a onde
foi gerado
esse
lampejo
além do
desejo
que nunca
foi
deixado
apenas
entrevisto
apenas
um relâmpago
que
iluminou
dia e
noite
uniu céu
e terra
e ainda
erra
pelo
horizonte
nesse
eco
que nos
encerra
nessa
barca
tão
prezada
que se
ouve
assim
chamada
…
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