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segunda-feira, março 17, 2014

Sinais de Vida



Entre as poesias incontidas, entre as palavras assim vividas
Entre as notas que convidam  a ser vida, na própria vida…

Entre as folhas – imensas… que desfraldam ao vento que as alimenta…
Como bandeiras… garridas… ao sol novo de um novo dia estendidas…

Entre os dias que passam, se erguem vozes de mudança
Na forma de ver
E viver
Todos os dias
Um dia
Que é mais-valia

Presente que mais não se perde…
Por ser maior do que o ter…
Por antever
a visão de um tempo
 a transparecer…
No que a fusão, 
a reintegração
O regresso à casa
De que todos são…

Parte…. Integrante
Vida em manifestação…
Leve a que os vários representantes…
Abram mão do poder
que lhes é dado
para dele fazerem parte

Desse algo

Chamado

Renovação…

Que vem desde dentro
Como sublime alimento
Indefinido sustento…
Que late em ti e em mim
– assim

Princípio de graça e gentileza
Que anuncia a nobreza
Da essência

Que late por dentro quando tu a encontras..
E – manifesto – a pões em movimento…

Seja na tua forma única da dançar o vento, seja na forma imensa de dar asas ao pensamento… e materializar sonhos
Com o sentir de um momento….
Transformado em algo concreto…

Como uma orla de uma floresta iluminada
Pela luz de uma Lua Consagrada

São poemas silentes dos que fazes parte… sejas de um ou outro lado
Esse algo te chama e te diz que tu és – mais além do que à parte…

Uma força da vida em si mesma transformada em chama acendida

Prateada melodia… que rodopia…
Em teu redor

Que anima
O teu ser maior…
Que se entrelaça
Com as ondas da vida do mar que passa…

Que abraça…
o céu o sol
a terra e o mar
e tudo aquilo que – mais há ainda
 a vivenciar e partilhar…

Essa bruma subtil...
que nos envolve
e permeia –
 a ti e a mim…
Formas diferentes de espiralar
Além
Mais além
Do que se possa contar…
 conter…
ou controlar…

São os harmónicos sublimes
Dessa voz de fundo que através de todos se exprime…

Humildes… simples… olhares
estrelados se olhares bem
Além do que te é dito ou falado…

Como montes iluminados…
de estrelas de faíscas belas…
quando a luz do dia se reflecte nelas
 e – com eco que tudo em si repete –
Rochas negras feitas brancas esteias
Da luz que se mostra
E se ergue numa outra força…

Algo que já se vê bem
Seja aqui seja além…

E essa terra redonda
 que se contempla…
desde a alta roda
de um sagrado lugar…
alto.. tão alto
 que voz nenhuma,
que mente alguma
pode ainda alcançar…
ou nomear…

E vês o azul subir…
e vês esse branco
 – neblina –
A vida
pairar subtil…

Opalescente…
latente…
abraçando o horizonte inteiro
bem pro dentro
à tua frente
e contigo
em abraço amigo
assim outra gente
assim toda a gente
que ainda dormente
se alimente
nesse seu suspiro incontido
respirado
por todos
assim vivido…

E te unes…
assim
A essa força
Essa vida
Que é em mim
Que é em ti
Que és tu
O teu ser a nu
…o que somos
E respiramos
Além das peles vivas
E dos olhares iluminados
Além dos momentos pautados
 e dos espaços definidos,
circunscritos ou limitados

Ecoamos em todos os lados
Latentes
Somos presentes
Da vida
Em si mesma contida

Em nós
Desatados

Por nós assim
Livres
Manifestos
De vida que se exprime
E sublime
Respire
Em todos os tempos
Por todos os recantos
Fazendo cada espaço
E momento
Algo extremo
Algo em si
Mesmo
Consagrado

Lugares ou tempos
Dos novos tempos alimentados
Templos vivos
Dessa vida
Que se mostra
E assim suspira

De momento calma
De momento dócil
De momento alma
Que desperta
Entre a sua manhã…
Desde a noite
Do esquecimento se erga

E seja
E veja
E transforme
O que embeleza


Daquilo que ainda não pudemos discernir….

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