No rio
Que corre dentro de todos nós
Nas verdes veredas, que se abrem no coração
Habitam os ecos de vozes ancestrais – de gentes e tempos à muito esquecidos;
Das gentes que aplanaram os caminhos pelos que agora trilhámos,
dos povos que defenderam a terra pela que agora caminhamos;
Os ecos silenciosos de pedras nuas, muros esquecidos de outrora
Nos que as cruzes afastaram as meigas
e a vida tomou o rumo das rectas e das cidades
Os ecos de vida esvaindo-se no murmurinho das cidades buliçosas,
no fundo dos vales para cima olhando
Sempre esquecendo as presenças silenciosas que das alturas os contemplam
O fogo secreto de cada lar um poema aos fados,
e o fogo silencioso que nos anima: em cima de cada pedra e cada rio - nos inunda e alimenta
Fotos(Tui) e prosa original do autor, link final - Luar na Lubre "O Meu Pais"