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quinta-feira, outubro 28, 2010

Simplicidade



Certos Momentos
Nos que se encontram os ecos – e não a voz…
Nos que se vê a sombra – e não a luz
Nos que se sente a falta – e não o calor…
Nos que se corre sem rumo para que o que desvia e seduz…

Há um eco verdadeiro, há uma voz clara e cristalina, há um olhar
Há um sentido profundo, há uma alma que é tua e é minha, há um voltar

E - há momentos nos que estamos no centro da existência
Momentos nos que tudo fala de um mundo feito por nós!…
E – há momentos nos que tudo é longe, tudo baço 
Estejamos entre a gente ou estejamos sós...

Há tempos nos que o mundo gira tão depressa!

E nós corremos, resfolegando como cavalo aprisionado,
Deslizando por uma planície inerte a passo acelerado,
Sem terminar de apanhar esse comboio imaginado,
Que - cheio de sombras escravas - ruma para a imensidão sem fim…


Mas – desde o vazio – uma voz ecoa um espírito de liberdade…

“Uma voz que fala para mim!”


Desde a vastidão – a memória profunda de um abraço
Entre o engano das horas o eco vivo da saudade
Sorriso cúmplice preenchendo as reviravoltas da vida sem rumo
Desde o coração – chama que acende, lembrando a tua verdade…

Nos gestos simples e discretos, dois caminhos encontrados:

O Presente de um momento feito Tempo partilhado

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