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quinta-feira, outubro 14, 2010

Sentir






Que as artes são o meu caminho e que, caminhar, é coisa de ousadia, sonho e perseverar…

Sentir, que o amor começa como uma chama,
como uma terna amizade, 
como um partilha honesta, 
Que - sempre – leva à verdade

Amar…

Doar, o que sou e sinto, em linhas estivais,
Movimentos que ondulam em flores e espirais,
Sei-te perto, muito perto – tanto - que te posso abraçar
E, no entanto, tão longe – tanto – quanto a mente pode separar
Sou poeta, sou gigante, sou mostrengo do além Mar
Navego entre o mundo dos vivos – sempre – para Te encontrar

Sei-Te perto, sinto-te longe – musa neste peregrinar
Mesmo  preso neste rochedo,
Entre confusão e medo
Sei que nos vamos libertar

Entre ventos e marés há um mundo,
Velado para todos os demais
Um mundo de luzes, cores e música
Que juntos podemos desencantar

Meu sonho, canto entre a penumbra,
Aurora anunciando Luz a raiar
Canto do galo penetrando as sombras
Marcando a hora da consciência voar

Transformando dor em vida,
Transformando a revolta em ar
Para que respires e sintas
Para com ela poder cantar

Entre os desvios da vida,
Entre agulhas cruzadas de relógios a acelerar
Por entre ruídos das escolhas inertes
Que levam a alma a naufragar

Perto - aqui,
Dentro e mais além

Entre o vazio dos momentos perdidos
Sem que se ouvisse o eco da tua voz em mim
Sei nova vida entrando em teu seio;
No silêncio o coração dizer "sim"

Uma palavra mova o mundo, o amor a pedra para a firmar
Até já!

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