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segunda-feira, setembro 13, 2010

O Cálice e Espada


Adquiri uma taça Tibetana, com ela aprendo todos os dias…


A taça Tibetana é composta por ligas de metais – de 5 ou 7 metais e traz um “pau” que pode ser de madeira variável.

Se lhe retiro “o pau”, e mostro a minha taça, há quem diga “que lindo vaso!” ou “que malga de sopa tão querida!”… em parte têm razão – pode-se fazer tudo isto com a taça, sim. Se os condicionasse colocando conscientemente uma flor e terra ao lado ou até uma colher, talvez tivesse o efeito ainda mais reforçado.

O sentido da taça é mais profundo, e é perigoso utilizá-la para outro fim. Certos metais são tóxicos se absorvidos em grande quantidade para a corrente sanguínea – talvez a ideia da malga de sopa não fosse muito útil. Certos metais não são tão benéficos como o azoto para servir de “adubo” para plantas e poderiam ser um mau caminho para as flores…

A taça tem um som maravilhoso. Cada taça tem uma constituição, uma medida e gramagem (peso). Cada taça tem uma pega feita de uma madeira diferente.



Os amigos budistas eram conhecidos por caminhar com uma taça onde lhes entregavam arroz quando “pregavam” por aqui e além – era a sua única pertença…

Na taça estão gravados símbolos – como o nó infinito.

Se cultivar a atenção, posso ouvir (e quem sabe – prolongar?) o som da vibração da taça até que se expanda e se desdobre…

Se cultivar a atenção, posso utilizar o “pau” da taça como forma de gerar “vibração” ou como forma de modular vibração – som… e talvez algo mais.

Quando rodo o “pau” a taça emite som… vibra… a minha atenção modula o som e o “pau” modula a taça…

A taça e o som vibram de forma diferente na minha barriga cheia e na minha barriga vazia, vibram diferente no caixa peitoral sobe o esterno e pulmões cheios e vibram diferente com pulmões vazios. Vibram diferente com uma t-shirt ou com a pele nua…

A taça, o “pau”, a mão que o agita, os pensamentos que cruzam a mente que o comanda ou o vazio que a preenche, a atenção focalizada no som dão origem a triangulações extraordinárias na vibração “consciência”… um mágico jogo de cores transformado em som gerando uma melodia que paira no ar… várias consciências em círculo com um intérprete, uma taça, um pau e uma sala silenciosa que vibrou ecos de verdade.







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