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domingo, setembro 26, 2010
quinta-feira, setembro 23, 2010
Greater than Good
De um coro universal ao som de uma ave delicada cantando entre o vento… seu canto voa longe… invade a alma peregrina que vaga perdida em pensamentos e sombras…
De um dom abafado até a um canto livre, de uma promessa quebrada até a uma esperança reacendida… quantos vagamos por entre a sombra até ouvir o som do pássaro que anuncia o nascer do sol?...
Segue a tua estrela, na noite escura segue a tua estrela… desde o ocaso até que as sombras se dispersem, confia na tua estrela…
Greater than Good
terça-feira, setembro 21, 2010
O que Une e Liberta
Ouvia a taça tibetana, sentia a sua vibração, entrava em sintonia com o ar que vibrava, com o som que se dividia em agudo, base e som habitual. Modulava o fluir da haste que lhe dá sentido, sentia o centro na respiração, eu era o som, era a taça, era o ar que entrava e saia dos pulmões e que ecoava em redor… e, subitamente, os sinos da igreja começaram a tocar. A minha taça respondeu e vibrou – um som subtil – como um canto claro, que se fez cristalino.
Uma voz de criança ecoando entre as sombras, que se elevava em ondas de bruma numa manhã cinzenta…
Parecia que aquela magia terminava ,quando outro sino tocou ao longe e – estranho – a minha taça ecoou nesse canto fino, nessa voz apenas perceptível, nesse raio de sol por entre um dia de inverno; depois um terceiro sino ao longe iluminou o éter… a minha taça, o meu ar nos pulmões, os sinos ao longe e todo o ar que vibrava entremeio - todo o tempo que passava entre os três, e a distância que parecia separar o que está sempre junto – nesse instante, nesse lugar – tudo se fazia um e a luz cantava…
Se tudo o que amo e amei, ao longo de todo o tempo e espaço, entrasse em sintonia – como um coro de vozes intemporais, como crianças que cantam em uníssono, e se unisse ao mesmo acorde de luz dos que amam, então o mundo seria iluminado.
Se – no caminhar - sentisse ecos dos passos daqueles que amo e amei, caminhando em silêncio, em frente e atrás, lado a lado, então a marcha seria um rio e os entraves da vida seriam desbordados por esta força que move montanhas e limpa as imundícies da vida.
Se cada ser que ama a vida e aspira a ser parte de um mundo melhor, respirasse em uníssono, criaríamos uma brisa que seria vento, levando as nuvens negras para lá do horizonte.
Como vasos tocantes, sintonizando aquilo e aqueles que me fazem sorrir, sou mais do que eu. Estou em contacto com aqueles que amaram no passado, como aqueles que amam agora e impulso aqueles que amarão no futuro.
O medo é a única cegueira…
terça-feira, setembro 14, 2010
there's Always hope
Onen I Estel u Chebin Estel Anim...
uma frase transformada que pode transformar o mundo...
faz a Esfera girar
E assim que começa a mais maravilhosa das aventuras e que entende dar um tom azul a este mundo através de um pincel vermelho...
Começa o ciclo de Estel...
... luz da esperança entre a sombra.
segunda-feira, setembro 13, 2010
O Cálice e Espada
Adquiri uma taça Tibetana, com ela aprendo todos os dias…
A taça Tibetana é composta por ligas de metais – de 5 ou 7 metais e traz um “pau” que pode ser de madeira variável.
Se lhe retiro “o pau”, e mostro a minha taça, há quem diga “que lindo vaso!” ou “que malga de sopa tão querida!”… em parte têm razão – pode-se fazer tudo isto com a taça, sim. Se os condicionasse colocando conscientemente uma flor e terra ao lado ou até uma colher, talvez tivesse o efeito ainda mais reforçado.
O sentido da taça é mais profundo, e é perigoso utilizá-la para outro fim. Certos metais são tóxicos se absorvidos em grande quantidade para a corrente sanguínea – talvez a ideia da malga de sopa não fosse muito útil. Certos metais não são tão benéficos como o azoto para servir de “adubo” para plantas e poderiam ser um mau caminho para as flores…
A taça tem um som maravilhoso. Cada taça tem uma constituição, uma medida e gramagem (peso). Cada taça tem uma pega feita de uma madeira diferente.
Os amigos budistas eram conhecidos por caminhar com uma taça onde lhes entregavam arroz quando “pregavam” por aqui e além – era a sua única pertença…
Na taça estão gravados símbolos – como o nó infinito.
Se cultivar a atenção, posso ouvir (e quem sabe – prolongar?) o som da vibração da taça até que se expanda e se desdobre…
Se cultivar a atenção, posso utilizar o “pau” da taça como forma de gerar “vibração” ou como forma de modular vibração – som… e talvez algo mais.
Quando rodo o “pau” a taça emite som… vibra… a minha atenção modula o som e o “pau” modula a taça…
A taça e o som vibram de forma diferente na minha barriga cheia e na minha barriga vazia, vibram diferente no caixa peitoral sobe o esterno e pulmões cheios e vibram diferente com pulmões vazios. Vibram diferente com uma t-shirt ou com a pele nua…
A taça, o “pau”, a mão que o agita, os pensamentos que cruzam a mente que o comanda ou o vazio que a preenche, a atenção focalizada no som dão origem a triangulações extraordinárias na vibração “consciência”… um mágico jogo de cores transformado em som gerando uma melodia que paira no ar… várias consciências em círculo com um intérprete, uma taça, um pau e uma sala silenciosa que vibrou ecos de verdade.
terça-feira, setembro 07, 2010
Espelho de Água
Lembra quem és…
Olha em redor, qual a imagem reflectida no espelho?
Quem és? Como te sentes, que imaginas? És o que vês?
Se sabes que ainda não és o que percepcionas – segue! Procura…
Para além das paredes que parecem se impor existe algo diferente…
Por detrás das ilusões está a máscara e o espelho – dos dois lados entras…
“Vai, espelho de Água… trata e guarda – do que é nosso afinal…
Em nós, vive a arte, de ser parte, de um mundo melhor…”
Por favor… acredita!
segunda-feira, setembro 06, 2010
Our People
Por entre os arvoredos antigos, nas fragas profundas…
Seguindo os cursos de água que lavram as montanhas, voando entre pedras antergas…
Erguem-se as vozes do passado, abafadas baixo blocos de granito talhado,
pela bota do soldado,
pela marcha da legião,
Matemática intratável das fileiras de orcos fustigando a terra sem razão;
Maltratando as florestas e vales, cravando arrogantes bandeiras nos topos dos montes que nos guardam,
destruindo como seres esfaimados as pedras que outrora lhes deram abrigo…
Falo da brisa que nos sussurra, falo das águas que nos embalam, falo das rochas que nos sustentam, do céu e estrelas que nos amparam…
Falo das correntes que fluem livres, falo das jovens que cantam sem medo, falo dos homens que olham nos olhos e falo daqueles que nunca temeram…
Falo dos ecos das casas redondas, falo das pedras lavradas a fogo, falo de vidas que se esqueceram, falo daqueles que não se recordam…
Falo dos risos entre a floresta, falo de erva fresca sob pés descalços, falo da devoção por tudo o que vive, aprendendo com a voz dos Carvalhos…
Falo da alma perdida, da serenidade no dia sem relógio, do fluir da vida em tempo ameno...
Nós - os povos livres…
Lembrem…
Seguindo os cursos de água que lavram as montanhas, voando entre pedras antergas…
Erguem-se as vozes do passado, abafadas baixo blocos de granito talhado,
pela bota do soldado,
pela marcha da legião,
Matemática intratável das fileiras de orcos fustigando a terra sem razão;
Maltratando as florestas e vales, cravando arrogantes bandeiras nos topos dos montes que nos guardam,
destruindo como seres esfaimados as pedras que outrora lhes deram abrigo…
Falo da brisa que nos sussurra, falo das águas que nos embalam, falo das rochas que nos sustentam, do céu e estrelas que nos amparam…
Falo das correntes que fluem livres, falo das jovens que cantam sem medo, falo dos homens que olham nos olhos e falo daqueles que nunca temeram…
Falo dos ecos das casas redondas, falo das pedras lavradas a fogo, falo de vidas que se esqueceram, falo daqueles que não se recordam…
Falo dos risos entre a floresta, falo de erva fresca sob pés descalços, falo da devoção por tudo o que vive, aprendendo com a voz dos Carvalhos…
Falo da alma perdida, da serenidade no dia sem relógio, do fluir da vida em tempo ameno...
Nós - os povos livres…
Lembrem…
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