São os montes
Os cons
De outrora
Da roda
E senhora
Em si mesmos a se condensar
Entre os campos de sonhos
Entre os sonhos
Medonhos
Existem pesadelos
Fantasias
E desvelo
Daquilo
Que ainda está por começar…
São essas as melodias
Escondidas
Sonhos
Magia
Que vale a pena
Começar a crer
E concretizar
No tempo no
que os templos descaem,
nos que os fantasmas
se esvaem
entre o tempo
e as gentes
que saem
Existem luzes de vida
Ancoras sólidas
Casas pristinas
A nascer
De entre os sonhos que se entrelaçam
De entre as fantasias de tempos tantos
Que se partilharam
Sem querer
E sem querer ver
São os momentos antigos
Antes dos tempos idos
São aqueles que hão de voltar acontecer
São os passeios de mãos dadas
Desta vez
Além da estrada
São melodias de quem é verdadeiramente
Feliz
São os contos de mais não acabar
Almas entrelaçadas
Numa mesma música
Melodia ao entardecer
São os versos que se não diz
São os momentos nos que
o ser e alma
pairam no ar
E as estrelas
Descem
Tao belas
Sementes
Novos
Vivos
A despertar
De luz a germinar
Entre os homens
e os comuns mortais
São os novos fogos de S. João
Pairando no ar…
Entre o luto de quem parte
E a parte de quem fica
E vai
Além da arte
Que se esvai
Existe a linha
Antiga
Que convida
A ser mais
Do que o que se era d´antes
É a memoria amiga
De uma estrela
Num certo dia
Ocaso
Nostalgia
Chama sagrada
Dourada
Que mais não
Se vai
Se esvai no tempo
Se transforma em momento
No que os amantes
De espelho
Passem a iguais
Nos que o eclipse dos tempos
O ocaso dos ventos
O silêncio
Seja ainda mais
E de entre os restolhos
Algo novo
Risonho
Sonho
Que se transforme
Em árvore
De fruto
De galho
De flor e de talho
Que sombra faça luz
Onde outrora havia
O que era abismo
E menos valia
Sejam brilho
E alegria desde o profundo da alma
Uma nova
Sintonia
E aqueles que desesperam
No medo de si
E aqueles que esperam
O ressurgir do porvir
E aqueles que simplesmente vigiam
Por medo a sentir
Os que se mostram
E demonstram
Sensíveis de si
Pelos frágeis
Pelos quebrados
Pelos tristes e cansados
Pelos palhaços iluminados
Que mais não fingem
Serem tempos sacros
Serem belos anos
Pelos que se encolhem
Porque sentem
E sofrem
O que podia ser
E mais não é
Pelos que amam a vida
Um rosto
De homem
Ou mulher
Pelos sonhos desfeitos
Pelos que nunca chegaram a o ser
Pelos que aflitos esperam
Os tempos vindos
E o que há de ser
Por esses
Esse teu sonho
Não pode morrer
Por esses
Essa tua vida
Terá de poder
Vir
A ser
A promessa sublime
Subtil
Enlevo
Em segredo
Mostrado
Escondido
Esquecido
Entre os momentos de um dia
Feito olhar de mulher…
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