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segunda-feira, agosto 29, 2011

Eu Sou



Oceano sem rosto
página sem riscar
Folha de papel ao vento
Ser procurando Amar

Sendo uma linha singela
Neste poema a vivenciar
Virtudes são espelhos
Que todos querem contemplar

No seu auge a noite brilha
há luz de eterno avivar
Chama que não esmorece... cintila
Como farol num amplo Mar

Se tudo fosse esperança
Se todos fossem Olhar
Eu já seria suspiro
Em um outro respirar

Vamos longe... eu e eu
Duas forças sem se encontrar
Dois caminhos sem retorno
dois pilares sem sustentar

Balanço entre as linhas do destino
Folha, página ou verbo intemporal
Fruto da vida e do desatino
procurando mais do que caminhar

Todos os poemas são parvos,
todos incompletos por não doar
mais sentido a uma vida
que versos ao se proclamar

Serei com confiança
Serei com ardor
Serei com esperança
Serei sem dor

Agora
eu sou
a vida






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