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segunda-feira, agosto 29, 2011

Eu Sou



Oceano sem rosto
página sem riscar
Folha de papel ao vento
Ser procurando Amar

Sendo uma linha singela
Neste poema a vivenciar
Virtudes são espelhos
Que todos querem contemplar

No seu auge a noite brilha
há luz de eterno avivar
Chama que não esmorece... cintila
Como farol num amplo Mar

Se tudo fosse esperança
Se todos fossem Olhar
Eu já seria suspiro
Em um outro respirar

Vamos longe... eu e eu
Duas forças sem se encontrar
Dois caminhos sem retorno
dois pilares sem sustentar

Balanço entre as linhas do destino
Folha, página ou verbo intemporal
Fruto da vida e do desatino
procurando mais do que caminhar

Todos os poemas são parvos,
todos incompletos por não doar
mais sentido a uma vida
que versos ao se proclamar

Serei com confiança
Serei com ardor
Serei com esperança
Serei sem dor

Agora
eu sou
a vida






sexta-feira, agosto 19, 2011

Palavras ao VENTO


Procuras... ver a vida com amor...
Procuras... fazer cada momento especial...
Consegues... plantar em cada pessoa uma esperança...
Espera! Dança!...

Se fosses assim tão genial
Não precisavas de viver de forma banal
Como não o és, passas a viver de maneira normal
Espera! Dança!

Assim, passo a passo deixas de procurar...
Passas a caminhar
Começas a deixar de sonhar...
Espera! Dança!

Se, tudo se resume a rotina
Se a vida se perde e se torna vazia
Se os teus tempos se fazem todos condicionais
Espera! Dança!

Em cada segundo há um gérmen de desespero e um momento de esperança
Espera! Dança!
Em cada pessoa nova há a expectativa do encontro e a desilusão da perda
Por isso espera de todos, dança com alguns... espera, dança!

Se - no fim de contas - não encontras o que esperavas
Espreita debaixo da cama, procura detrás da cortina, olha a árvore na meia noite de Natal

Mas - sempre - por favor, espera... dança e não percas o que fica entremeias, nos ecos dos teus passos na vida

ESPERADANÇA