pub

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Algures

Um gesto…

Um passo…

Um caminho….

No abraço…

Pequeno

Simples…

Desafio

No encontro

Do que move
Por dentro

E se faz
Em cada momento
Possível

Elemento

Concreto
Definível

Entre as pessoas
Que amam

Um projecto
Factível

Desde dentro

Possível

Fora

Lento
Será

Um

Momento

Que dê fundamento

A todo um trajecto



Entrelaçar vidas

Entre as ondas
Vivas

Dos passos
Aos que aspiras

São sintonias

Que respiram

Nas perspectivas
Vivas

De quem assim
As anima

São possíveis
Concretos
Projectos
Que quem crê

Pode fazer
Em si
Nascer

Por dentro
Transparecer

E – em subtil abraço

Como uma brisa
Num pequeno espaço

Deixar fluir

Sentir

Imaginar
E sorrir

Pequeno gesto

Que diz SIM
Ao pequeno
Grande passo

Que se mostra
Em quem gosta
De ver
Assim
Nascer
Uma forma

Nova

De ser
Melhor

Do que

Aquilo

Que se sente

Por fora



Por dentro
Esse momento
Que canta
Pela vida fora
Esse sustente
Que clama
Atento
Desde a alma
Que não mais chora

Essa força
Que a escuridão devora
Fazendo chama
De vida
Entre aquele
Que chora

E onde pousa
Ilumina
O que
Era
Vazio

OUTRORA

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Ideias

ideias…
pequenas coisas singelas…
Trazem em si
 ponto de aplicação singular…

o que crê nelas
Se possa
Passo a passo

Revelar

segunda-feira, dezembro 16, 2013

PRIMAVERAS

Quando os novos tempos avançam
Neles  nossos sonhos se esvaem
Recorda a tua chama de esperança
Erguer para um novo dia
E em teus olhos rever
o meu próprio olhar

Quando os ventos ameaçam
A vida que em nós há
Mantém viva a chama da esperança

chama suave
Subtil
Criança
Que
Entre as tuas mãos
Começa a despontar

Com cuidado
Com susbtilmente
Velado
Dá à vida
O seu encanto
Sagrado
E
Num sorriso
Iluminado
Com um gesto concreto
Presente discretamente anunciado
Mostra a tua alegria
A todos aqueles
com quem a possas
partilhar

E se as gotas de estio
Orvalho perene
Neste tempo frio
Se fizerem demais
Lembra até o gelo
 mais denso
Tem sua força contida
No medo
De se não conseguir
De novo
O céu olhar

Tu semente da vida
Que latente
Esperas raiar
Mantém-te
Fria e escondida
Para que
Um dia
A tua Primavera
Se faça anunciar…


Perde substrato
A sua própria herança
Se em nós
não se ilumina a esperança
Das vidas a se entrelaçar

Não se tocam
Nem se alcançam
Os nossos antigos sonhos
De seres adultos
Sempre criança

Vidas novas
Entretecidas
Em novas histórias
Entre os rebentos
Que nos é dado

A Cuidar

terça-feira, novembro 05, 2013

Pt- III - O Sonho a Cumprir...nevoeiros que têm fim...






Eram as gentes - esperando - silentes
horas a fio
39º graus que dão frio
recuparar
uma identidade perdida
esperança
NUNCA esquecida
das raízes ANTIGAS
voltar
a PLANTAR...

embaixada
gente erguida

até que a porta fechada
se...

abrira

Tão profunda forma de ser
De se estar…
de bem viver
De amar… sem saber
Apenas por ser… e estar
No Nosso verdadeiro LUGAR…

As terras vivas,
de gentes erguidas…
são como as forças antigas…
– as que por dentro –
Animam…
As que estão prestes a se mostrar…

são a natureza intrínseca
daquilo que nos motiva
a caminhar… a viver e a abraçar
a vida, os outros,
a nossa comum natureza
singular


calmas, serenas e amigas…
pisadas velhas e antigas…
no ânimo de bem se enraizar
– além do medo e do degredo
– habita a pureza –
SER ORIGINAL…

Onde as muletas inventadas
Baixa a desculpa da vida calma
E pausada… que agora procuras
E dela – encontras nada…

Eis onde – ali -
Se não transformaram
Em grilhões e amarras
Vidas velhas, cinzentas, passadas

Entre rotinas apertadas…
humanidade que não sobra em nada
ruas demasiado fechadas
Pra um VERDADEIRO SER
PASSAR sem ESMORECER…

Falo de Onde se crê
que a vida convida – sem se saber
que a vida ensina
e temos tanto a aprender!
Que os véus que iluminam
Te estão a cegar
E que além do teflón,
do ecrã da televisão

Há um mundo interno
a celebrar
Descobrir e
Partilhar…

De forma serena, calma
– seguida – pausada
Com tempo para ouvir,
sentir…
Dar a mão…
assumir
Que tudo em volta é bom
Como o é o teu sublime coração
Cor – centro – desta vida e fundamento
Da outra realidade que convida
Cada teu elemento – ainda agora
Fragmento
De espelho
Que será elemento novo
Onde outrora vias o velho…

Mais além que o ecrã
dessa outra televisão
É a vida nova
que está para vir
Além da tua visão

Vê bem – “ouvê” com atenção…
Um mundo de cores vivas
À espera … te dará mão…

Passo a passo…
tensão no ar
Parto que desperta
do pranto

Em segredo
A se revelar…

Vê bem quem vê no espelho do saber
O ser humano antigo – verdadeiro –
além do velho está o que ouve
o que sabe
o que sente além da idade
experiências e opções
que valem muito mais
do que todos os cifrões

Milhões de ouro vivo
No escuro – teu verdadeiro brilho
Aquele que não mais cederás
Aquele que mais não entregarás
Aquele que germinará
Desde dentro de ti
A porta abrirás..
Tens a chave
A chance
E a coragem

De assim fazer voltar
A vida que – perdida
Paira além mar…

Entre aqueles que suspiram
E aqueles que esperam
Que a vida os volte a chamar…

Vê bem
quem começa
desde já a acreditar

Que na vida
mais simples
está o dom
de bem avançar…

Essas gentes trazem recordações
– que vale bem a pena recordar
São eles a orientação –
que, de entre o nevoeiro
- nos vem tirar…

E despertar!...

domingo, novembro 03, 2013

Uma hipótese DE VIDA -PT I - E SE?...



...JOGAR NA MUDANÇA...

Dos VALORES... 
do FUNDAMENTO 
da VIDA HUMANA... 
COM CORAÇÃO
 e menos MONETÁRIA... 
COISAS SIMPLES...
que fazem essa 
VIDA EXTRAÓRDINÁRIA

como cantar juntos 
em redor da fogueira... 
como celebrar 
as pequenas brincadeiras 
GRANDES COISAS da vida...
as que
ILUMINAM
UMA VIDA INTEIRA...


CLICAR NA FOTO (PLEASSSSS)




IMAGINA... 
que OS VALORES SIMPLES... 
HUMANAMENTE comprovados - 
AO LONGO 
DESTA HISTÓRIA 
QUE SOMOS...
AO LONGO 
DE TODOS ESTES ANOS
HUMANOS 
ANTES 
QUE MATERIAL... 
SIMPLES MENTE 
- VITAL -
como dar a 
MÃO... 
ou 
PARTILHAR 
uma 
CANÇÃO... 

IMAGINA...





OPERAÇÃO
..."mãos limpas"...
algures em Redor a Díli...
PESSOAL HUMANITARIO
SERES HUMANOS
REUNIDOS...


Ai Timor… Calam-se as Vozes dos teus Avós
Ai Timor… Se outros calam… cantemos nós

Havia uma música assim, cantada na RTP…

Senhor Represas, convite do Presidente da República, auto-determinação com referendo…

Os Trovante de novo, 
25 anos de Abril… 

sentimentos plantados entre gentes de um 
continente a milhas da acção… 
com outras gentes… 
silentes… 
tão perto elas do coração…

Nesse então não sabia, 
quanto aprenderia 
entre gentes de tão grande talante, 
de tão alta estatura interior

- somos NÓS – 
- OS MESMOS SERES HUMANOS -
 NO NOSSO MELHOR…

espelhos vivos que é bom evocar… 
lembrar e…
de entre as lendas e os contos de fadas – resgatar… 
trazer à luz 
e com atenção 
ver o que cala a televisão 
com imagens de desencantar…

– para nos INSPIRAR e bem saber 
– que a matriz no peito a palpitar
 é de valor e vale a penar permanecer… 

para nos INSPIRAR
- a avançar – 
no caminho recto 
que leva de volta 
a onde queremos chegar…





sábado, outubro 26, 2013

Pontes de Mar... ver e vogar... até esse outro lugar... esse NOSSO outro lugar...








são negros os meus queixumes...
são tão louco s e tão breves...

esses amigos e amantes

tantos como as natos, ceees,
tantos como as comunidades
que nos põe em cima o pé...

quem são os sinistros?...
quem os vendidos de fatos sustidos

quanto tempo - esperar no Nevoeiro?...
quanto mais tempo
que se desfaz em dinheiro?...

quanto mais por aguardar....?

onde o amor maior
que nos venha libertar
do grilhão de fora
por dentro a apertar?...

basta de lamentos...
viva esse Porto seguro
profundo
para todos os outros
obscuro

que se leva por dentro
e que é porto de abrigo
porto REAL
porto do graal...

até mais ver
se algo
para ver
houver

segunda-feira, agosto 12, 2013

POR Tui


Zona bela para se passear - parque de S. Domingos... 
porque não se pode iluminar? 
Porque o teatro está vazio... 
cheio de sacos e garrafas e algo mais?

Porquê ?... porque somos tu… eu… e todos os que viveram… e lutaram… e pereceram… sem o saber…

Porquê… porque esta “lacra” é uma besta que se não mata – com prisões… com policias e ladrões… somos tu e eu… e todo o que soube e não deu… de si… para mudar…

São os jovens que se perdem, são os espaços nobres que se pervertem… são as pessoas que passam… que desviam o olhar…

São os momentos nos que se apagam… as janelas… se fecham as portas… se esquecem as veredas… e se adormece á frente de um ecrã…

São os que consomem… os gritos jovens… vendendo bebida e folia a preço de grão… e sabem… e aceitam… e enriquecem sem pedir licença… pois têm licença da deputação…


percursos de a pé... na noite dos "jovens" patrocinada por tecnologias... bares, concelhias... algo mais acontecia... eram as casas de banho ao ar livre... era o lar de"ancianos" que gramava a "pastilha" de receber os troosters de som que rebentavam contra as paredes de betão... e eco por dentro faziam... respeito pela idade e pela experiência de vida merecida?... Respeito pela autoridade marítima- trancada dentro da garita?... respeito pelo espaço verde do rio?... respeito pelos "columpios para nenos"?... respeito por todo o que temos?... patrimónios que caminham juntos em cada espaço conjunto... e que vendemos assim ao degredo?...

São as festas organizadas – para por fim ao “botelhão”… deixamos guardas nas entradas… vendemos nós as bebidas brancas… e estendem eles a confusão…

Seja a zona consagrada… senhora da cabeça com desporto, lazer, cultura… que se faz pista para que todo o ser durma… entre as garrafas vazias… e os vómitos no chão…

Seja a zona do rio… zona adorada… por ser pedestre trilho, caminho de santiago alternativo… zona de convívio de pais e filhos… por ser o mundo novo confluindo no antigo… sem ninguém para o guardar…

E quando confluem os ventos… e se partem… os fundamentos… quem será que esteja lá para ver… para lembrar… para dizer “NÃO”… ou “BASTA” ou “FAÇAM ISTO NOUTRO LUGAR!”…


águas tratadas... meninos e meninas entre as paredes de guardanapos pintadas...

Não faltam zonas industriais.. pavilhões pré-fabricados onde tudo é possível e nada é vedado… onde as coisas já lá estão… onde se pode estar, beber, curtir.. partir… no fundo ninguém quer ver… saber… quem está lá… porquê…

O Importante é deixar correr… bolas de fogo que consomem o povo… que lhes dão um triste e breve prazer… no fundo… algo que não espera um segundo… está constantemente a acontecer…

Algo que nos compromete.. a ti e a mim… e aos que depois de nós aparecem… aqueles que serão o futuro garrido que esperamos ver crescer…


por muito que se recolha o lixo... 
o espectaculo fica... 
fica a voz que o autoriza... 
fica o sentir que tudo vale... 
que não há limite...
que é esse o caminho  aseguir...
beber, dnçar... curtir até cair...
e depois passar uma vida inteira a levantar...
um ser humano... ou um lugar venerado...

Por isso… vale a pena… começar a pensar… ou deixamos… a bola de neve correr.. ou despertamos… com iniciativas vivas e novas perspectivas…

E lá nos plantamos.. nessas folias… gentes adultas, serenas… conscientes que é ilegal menores a beber… ou a charrar… ou meninas e meninos de primaveras poucas pelos cantos a vomitar…

Ou fazemos os nossos olhos os olhos velados… e abrimos as pálpebras enquanto lá passamos… e deixamos de fazer de conta que não notamos… e começamos assim todos a ver…

A denunciar… a actuar… passear de noite o cão… a fazer com que os espaços em volta sejam geridos por pessoas com coração.. por gentes que creiam que vale a pena prevenir antes de que aconteça… o perder a cabeça… deste nossa nova geração…

Mesmo ao lado... 
águas públicas e outras águas...
Há lugares onde as coisas têm sentido... 
há idades nas que pode ser consentido.... 
e há idades e lugares nos que não...

Ou lutamos… com tudo o que temos… e somos tantos… pode ser estar lá e gravar… fotografar… divulgar até que caia o triste homem da barraca… os que recebem os tustos e assim se enganam… os que deixam e não fazem nada.. e aqueles que – sabendo ainda patrocinam mais confusão…

Fazendo… estando… participando… que fiquem pessoas aos sábados – a jogar sueca, tute… qualquer coisa- nas mesas que ocupam os jovens na sombra que não cessa enquanto passam cigarros enrolados de mão em mão…

Passeio fluvial… parque de crianças… caminho de santiago… zona ecológica…. Lugar consagrado – pelo amor e devoção… dos que lutaram por ele, dos que suaram… dos que acreditaram… dos que amam e preservam e não gostam de ver a merda que deixam esses em cada noite nas que berram a sua própria indignação…


e - ao virar da esquina... 
gente que se não via...
vias estranhas...

Há tanto monte por ai fora… tanta pastagem para os que assim choram… nós.. humanos – assim não…

Nós os que amamos – preservamos, cuidamos, zelamos e denunciamos… e se for preciso – o fazemos outra vez…


Lar da terceira idade... ancianos a repousar... e não havia outro maravilhoso lugar... para colocar o botelhão que se via chegar... e a música tecno para despertar... anciões que precisam de animação cultural... pode ser que os jovens da noite queiram um dia... após outro dia... lá passar... e se voluntariar... quem sabe seja essa aintenção do botelhão e da festa tecno: ajudar quem não tem ninguém para lembrar... a uns metros onde tudo se concentrava para saltar.. e curtir... e partir... e berrar...

Haja DÓ...

Erros e enganos – existem de vez em quando… aprendizagem… consciência… actos de coragem – são constantes… se não.. nem tu… nem eu… estaríamos aqui.. irmã… irmão…


Flores brancas de alvura e flores negras 
- que brancas parecem no dia enquanto o dia dura... 
e de noite são sempre as mesmas...

Sejam galego ou minhoto… este texto diz-te tanto ou tão pouco como tudo aquilo que se passa na terra onde tu cresceras… a terra que te viu nascer… a que chora enquanto tu choras… que te espera – para viver… e que se entenda – que essas crianças… são entre nós a esperança… que deveria estar a florescer.. e não a ser paga… para se perverter…


Não haja dúvidas de que a rede separou o barulho e quem bebe de quem deveria ter direito de repousar...
Não haja dúvidas de que há quem pense e há quem SAIBA PLANIFICAR...


Entendes – amigo – amiga – o que te estou a dizer?...


às oito da manhã já quase não se via... se olhares bem - encontras o que te dizia - degredo... garrafa partida, saca vazia... dinheiro... gasto sem fundamento em época de contenção orçamental... e ainda dizem que estamos mal... estamos... nas ideias... do que podemos vir a celebrar.. que não sejam umas canoas esculpa.. para mais uma noite de discoteca e de bar... e misturando jovens desportistas com bailarinas e coristas... misturando nacionalidades e regiões com gentes que passam a noite inteira em botelhões... parece estranha a aliança entre o que se deve e o que se deve negar...



Entendes porque somos todos os que estamos nesse barco sem rumo… se não seguramos firme e a prumo… o leme daquilo que queremos ver acontecer?...


visto de cima... tudo tem outra sintonia... falta saber se quem planifica estava lá a saltar.... a bolir... a ver as crianças beber... a fumar... a curtir... a sentir que a vida é prazer... a vender... sem ver... o que se estava a perverter... estaria ali?... até romper o dia... estaria ali?...



será que não se via?... que as autoridades trancadas por grupos que lhes berravam não zelavam pela segurança do património local?... será que se não sabia? que era a repetição cosntante dos Sábados aberrantes e das coisas direitas feitas tortas da noite para o dia?...
será que se não via?...

Entendes?


será que dá para ver... que se não pode confundir.. o que é lei... e o que não é... o que é lugar de lazer... do que não o é... o que é senda botânica... o que é praia... o que é lugar para andar... e passear... partilhar com crianças... não é lugar para beber... até cair... e vomitar... não é lugar para se estender... e curtir... e deixar a vida rodar... até o sol nascer... ou até a tasca fechar... esses eram os lugares de degredo dos que falavam os nossos pais... agora - esperamos - sem medo - que possamos aprender antes de errar...

APRENDER ANTES DE ERRAR...


se é porto... é jacobeu... não é lugar de quem bebeu... fumou... ganzou... saltou aos pulos e partiu os muros... as garrafas no chão... não é lugar para a tentação... de se estar num café ao ar livre e ver putos de copos na mão... não é lugar para o fazer... como não seria uma catedral... sitio para esquecer... que a vida tem um sentido COMO A COERÊNCIA o seu brio e cada qual no seu lugar...

e - este lugar à beira rio - NÃO É LUGAR...



se é parque... e infantil.. que fazem os marmanjos de carros artilhados... com crianças ao lado.. até às quatro da manhã?... se é parque que celebra a arte - do caminho mais antigo que a Europa se lembrou de evocar... que fazem as sacas vazias... as garrafas partidas... os vómitos entre as ruas esquecidas... que fazem os das noitadas acampados ao fim de semana...nesse nobre lugar? que fazem? quem os deixa... quem os patrocina.. quem os alimenta... quem os incita... quem deles se aproveita... que fazem todos esses lá?...



mesmo por baixo... tão baixo que nem se vê... flechas amarelas pintadas novas entre gentes velhas... falta saber quem para os das bebidas brancas entre as crianças... quem para as farpas... as picas... os vidros partidos entre meninos de calções vestidos... separados por duas ou três horas... sem mais nada para lembrar




as ruas com as sacas nuas.. ficam despidas da sua história singular... ecos de pisadas.. milhares de vidas passadas... transformadas em nada... por uns velhos que já não se interessam de ver o que anda a malta a fazer ao luar... por uns pais que deixam tudo rodar... por umas gentes que despertam pela manhã... passeiam sem olhar... levam as crianças a brincar e nem protestam pelos vidros que as podem crotar.. pelos que sorriem e até dizem que sim ao que as serve nesse mesmo lugar... esse lugar onde - à noite - vai tudo para curtir... saltar... e se emborrachar... que raio se passa nas gentes que não despertam da Televisão e saltam fora do sofá em cada vez que os putos acendem os holofotes dos "coches" e ligam a músca para a vizinhança acordar?... que raio se está a passar?...



e se é espectáculo puro.. que fazia uma mãe e o seu puto.. às nove horas ali a comer?... meias no meio da relva do lugar onde se mantinha a esperança... e agora se deixa ... asim... criança... perecer?... que raio andamos aqui a fazer?... que raio andamos ali a fazer... pela manhã?.. simplesmente passear... e deixar andar... sem nada dizer?...



eu gosto de ver as árvores e as flores... sentir a brisa... ouvir as ondas enquanto deslizam... ver o sol nascer.. caminhar na noite simples... brisa que me envolve... folhas a abanar e a adormecer... gosto de ver... os risos das crianças.. brincando livres com os seus pais.. nesse espaço pequeno que reza na entrada "é de todos... tens de opreservar"... só não entendo como se pode continuar a brincar... sabendo da noite e do seu degredo... e deixando assim o mundo rodar... não entendo... e por isso escrevo.. para me despertar... e te despertar...

Amigo.. amiga - qe lês este nosso "mal"... sejas Tudense... Valenciano... sejas da Galiza ou do seu outro lado... é um algo que nos toca e provoca - a ti e a mim - num e noutro lado do rio que nos calhou partilhar...

a terra verde é a mesma... ajuventude dispersa - caminha de ambos os lados da ponte... que vai estar lá para os orientar?... quem vai estar lá?...